A Norte Energia, empresa responsável pela Hidrelétrica de Belo Monte, contestou informação divulgada na quarta-feira (24) pelo TCU (Tribunal de Contas da União) de que a usina poderá se tornar um empreendimento que não trará retorno financeiro a seus acionistas.

Conforme a Folha mostrou, o Tribunal abriu uma investigação sobre a usina devido ao fato da maioria das empresas que participam das obras estar envolvida na Operação Lava Jato e pela suspeita de que aumentos de preços da construção da hidrelétrica podem inviabilizar o projeto.

A empresa que ganhou o direito de construir Belo Monte, formada prioritariamente por estatais e fundos de pensão, informou que o valor do projeto é ainda o mesmo do leilão de 2010, R$ 25,8 bilhões. Segundo a nota, o valor informado pelo TCU equivale à correção do preço do leilão desde então. Segundo a empresa, como o valor da tarifa que a maior parte energia gerada vai ser vendida também será reajustado pela inflação, como prevê o contrato, isso garante a viabilidade do empreendimento.

"[Isso] estabelece o equilíbrio do contrato e a manutenção da atratividade do empreendimento para todos os investidores. Assim, o retorno do investimento está assegurado aos acionistas e segue padrões de projetos de longo prazo da área de infraestrutura", informou a empresa.

A companhia também informou que suas "demonstrações financeiras estão auditadas e aprovadas sem ressalvas por auditoria independente e são publicadas anualmente" e que está aberta a prestar todos os esclarecimentos aos órgãos de controle.