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    Aumento de arrecadação nos Estados não alivia cenário de penúria

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE
    PATRÍCIA BRITTO
    DE RECIFE

    29/06/2015 02h00

    Os governos estaduais avaliam que o ganho extra com a arrecadação de impostos devido ao aumento das tarifas de combustíveis e de energia no começo deste ano não alivia, no entanto, o cenário de penúria nas contas públicas em vários Estados.

    Em diversas partes do país, a previsão orçamentária para o ano apontava receitas ainda maiores.

    Para o secretário da Fazenda de Pernambuco, Márcio Stefanni, o resultado não tem motivo para ser "comemorado", porque a inflação em alta dilui eventuais ganhos.

    Já o secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, afirmou que o momento é de "sinal amarelo". "A conta saiu equilibrada, mas não foi boa e me dá uma perspectiva até o fim do ano muito preocupante", disse.

    No Pará, um dos Estados que mais ampliaram a arrecadação no período, com alta de 11,75%, a energia é o setor com a maior participação no bolo tributário. A Secretaria da Fazenda também afirmou que o resultado é "corroído" pela inflação e pela desaceleração dos repasses da União.

    EXCEÇÃO

    Apesar da situação ruim das finanças, os governadores evitaram aumentar os impostos no início do mandato, em janeiro deste ano.

    Uma exceção foi o Paraná, que aprovou reajustes em alíquotas ainda em dezembro, após as eleições, e que arrecadou quase 8% a mais nos primeiros meses deste ano em comparação com o ano passado.

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