• Poder

    Tuesday, 14-May-2024 23:40:50 -03

    Lava Jato

    No Rio, PF faz buscas em endereços de ex-indicados de Collor na Petrobras

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    14/07/2015 18h57

    A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (14) buscas em cinco endereços do Rio como parte da operação Politeia, desdobramento da Lava Jato. Três deles são residências de ex-diretores da Petrobras.

    As casas são dos ex-dirigentes da BR Distribuidora José Zonis (um endereço) e Luiz Cláudio Caseira Sanches (dois imóveis), que também são funcionários de carreira e continuam na estatal.

    Ambos foram indicados pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), de acordo com o inquérito em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal).

    Policiais federais estiveram desde às 6h nas residências de Zonis (ex-diretor de operação e logística) e de Sanches (ex-diretor da rede de postos de serviço, ambos da BR Distribuidora).

    A dupla seria responsável por receber propinas e repassá-las ao senador. Embora tenham deixado os cargos em 2013, Zonis e Sanches continuavam frequentando a empresa.

    Delegados e agentes federais estiveram ainda em dois endereços da BR Distribuidora, no centro do Rio, onde a dupla trabalhava.

    A Folha tentou, mas não conseguiu falar com a defesa de Zonis e Sanches.

    Já a Petrobras informou nesta terça que pediu ao Supremo Tribunal Federal para ter acesso ao conteúdo das investigações da Operação Politeia.

    Em nota, a estatal disse que afastou preventivamente Zonis e Sanches de suas funções, mencionados –de acordo com a Petrobras– pela primeira vez nas investigações da Operação Lava Jato.

    A Petrobras reitera que vem colaborando com os trabalhos das autoridades públicas e manterá seu empenho pela elucidação dos fatos.

    CARROS DE LUXO

    Na Casa da Dinda, famosa residência do ex-presidente Collor, foram apreendidos uma Ferrari vermelha, um Porsche preto e uma Lamborghini prata.

    Collor foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também foi citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça, assim como Ciro Nogueira.

    O empreiteiro afirma ter pago R$ 20 milhões a Collor entre 2010 e 2012 em troca da influência do senador em negócios com a BR Distribuidora.

    Collor afirmou que repudia com "veemência" a operação policial, que classificou de "invasiva" e "arbitrária". Também disse que foi "humilhado" pela ação da PF, assim como sua mulher e filhas pequenas.

    Nesta terça foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em diferentes Estados do país por determinação do ministro Teori Zavascki, do STF. Um deles ocorreu no apartamento oficial do senador e ex-presidente da República Fernando Collor, em Brasília.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024