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    Ex-governador Agnelo Queiroz vira réu por suspeita de improbidade

    DE BRASÍLIA

    21/07/2015 10h50

    A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia e transformou em réu o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) numa ação por suspeita de improbidade administrativa.

    A decisão foi tomada pelo juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF, que acolheu uma ação do Ministério Público do Distrito Federal.

    O petista é acusado de ser responsável pela aprovação irregular do projeto de construção da nova sede administrativa do governo do DF, bem como a indevida concessão do Habite-se.

    Anaximenes Santos, ex-administrador regional da cidade de Taguatinga, onde fica a sede, também responderá a ação. Agora, os dois deverão ser citados para tomar conhecimento da ação judicial e produzir suas defesas ao longo do processo.

    Em janeiro, promotores ingressaram com ação judicial questionando a regularidade da inauguração do centro administrativo, uma vez que teriam alertado a Administração Regional de Taguatinga e o governador sobre a impossibilidade de concessão do Habite-se.

    Apesar do aviso, em seu penúltimo dia no governo, Agnelo nomeou Anaximenes Santos novo administrador de Taguatinga. Em apenas um dia, Santos analisou o procedimento de mais de 4.700 páginas e concedeu a carta de habite-se, permitindo a inauguração do centro.

    O contrato prevê a obrigação de pagamento mensal de quase R$ 4 milhões do governo do DF para as empresas que realizaram a obra, Odebrecht e Via Engenharia.

    ROMBO

    Agnelo, que enfrentou crises nas principais áreas de seu governo. Pesquisa Datafolha de agosto de 2014 mostra que ele era reprovado por 46% da população. No fim de sua gestão, teve dificuldade para pagar salários de servidores e teria deixado um rombo de R$ 3,5 bilhões nas contas segundo seu sucessor, Rodrigo Rollemberg (PSB). Petistas contestam o dado.

    O mau desempenho do ex-governador levou inclusive lideranças do partido a discutirem sua expulsão do PT.

    Ele é alvo de outras investigações na Justiça e já teve seus bens bloqueados pela 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal por suspeitas de irregularidades na contratação de uma etapa da Formula Indy e na reforma do autódromo Nelson Piquet, em Brasília.

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