• Poder

    Thursday, 02-May-2024 15:31:19 -03

    Lava Jato

    Juiz transfere presos de Andrade Gutierrez e Odebrecht para presídio

    AGUIRRE TALENTO
    DE BRASÍLIA

    24/07/2015 15h02

    Fotomontagem
    Otávio Marques, da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht serão transferidos para presídio no PR
    Otávio Marques, da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht serão transferidos para presídio no PR

    O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou nesta sexta-feira (24) a transferência dos executivos da Andrade Gutierrez e da Odebrecht da carceragem da Polícia Federal para um presídio comum, o Complexo Médico Penal, em Pinhais, no Paraná.

    Esse presídio já tem uma ala específica que tem recebido os presos da Operação Lava Jato, separados dos presos comuns. A decisão de Moro foi em resposta a um pedido da Polícia Federal.

    Com isso, serão transferidos para o presídio os presidentes das empreiteiras, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, além dos funcionários e ex-funcionários Alexandrino de Alencar, César Ramos Rocha, Elton Negrão de Azevedo Júnior, João Antônio Bernardi Filho, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo.

    A transferência deve ocorrer a partir do sábado (25). Todos eles estão presos preventivamente desde 19 de junho, sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.

    "De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", escreveu Moro no despacho.

    COMIDA

    Com a mudança para o Complexo Médico Penal, os presos terão algumas mudanças na rotina. A pior dela é em relação à comida. Considerada "intragável" segundo relatos de pessoas que têm contato com os detentos, ela é o principal motivo de reclamação.

    A maioria dos réus que então no presídio já emagreceram alguns quilos depois da chegada à nova estadia.

    O silêncio durante a noite também deve acabar. O CMP é famoso pelo alto barulho nas madrugadas devido à gritaria de presos de outras alas durante a noite.

    O número de detentos por cela continuará o mesmo, três. Mas deixarão de dormir em beliches para dormir em camas de concreto. As celas são maiores que as da PF e tem regalias como televisão.

    Outra diferença é em relação às visitas. Na sede da PF os presos só podem tocar nos visitantes nos encontros que acontecem na última quarta-feira do mês, tendo os demais contatos semanais no parlatório, onde são separados por um vidro, com duração de aproximadamente 20 minutos.

    No CMP as visitas acontecem todas as sextas e têm duas horas e meia de duração. Além disso são presenciais, ou seja, eles podem tocar em quem os visita.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024