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    Ex-chefe da OAS nega que negocie delação

    DE SÃO PAULO

    25/07/2015 15h12

    Reportagem da revista "Veja" deste final de semana afirma que o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, ofereceu ao Ministério Público Federal informações de como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras, em troca de redução de pena.

    Segundo a publicação, a suposta negociação envolveria também o detalhamento de despesas pessoais da família de Lula pagas pela empreiteira e, ainda, a entrega de uma lista de todos os políticos que receberam dinheiro com origem no esquema de corrupção da Petrobras, por meio da OAS.

    A defesa do executivo, que está em prisão domiciliar, nega categoricamente que o ex-número 1 da OAS tenha sequer cogitado fazer um acordo de delação premiada com a Procuradoria.

    "Sobre a reportagem da 'Veja' deste final de semana, José Aldemário Pinheiro e sua defesa têm a dizer, respeitosamente, que ela não corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF (Ministério Público federal) sobre delação premiada, tampouco intenção neste sentido", disseram, em nota, os advogados Juliano Breda, Roberto Lopes Telhada e Edward Carvalho neste sábado.

    Leo Pinheiro foi preso em 14 de novembro de 2014, quando foi deflagrada a fase Juízo Final da Operação Lava Jato. Em abril, ele foi para a prisão domiciliar por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O executivo prestou quatro depoimentos desde a prisão —um deles, em São Paulo, no contexto de um inquérito do STF sobre políticos com foro privilegiado. Em todos, invocou o direito constitucional de permanecer calado.

    Pinheiro foi acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e de integrar organização criminosa. Ele nega ter feito parte do "clube" que fatiava contratos da Petrobras e pagava propina a dirigentes da estatal e a políticos.

    Seus advogados são os mesmos do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, denunciado na sexta (24) pelo Ministério Público Federal.

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