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    Lewandowski autoriza condenados no mensalão a passar ao semiaberto

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    27/07/2015 11h25

    Alan Marques - 26.nov.2013/Folhapress
    Simone Vasconcelos, condenada no processo do mensalão
    Simone Vasconcelos, condenada no processo do mensalão

    O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, autorizou na sexta-feira (24) os condenados no mensalão Simone Vasconcelos e José Roberto Salgado a cumprir pena no regime semiaberto.

    Lewandowski acolheu parecer favorável da Procuradoria-Geral da República para a progressão do regime prisional nos dois casos. O parecer de Simone é do dia 8 de julho e o do Salgado, do dia 14.

    A ex-diretora da SMP & B e o ex-vice-presidente do Banco Rural estavam cumprindo pena no regime fechado. O semiaberto consiste em saída da carceragem para trabalhar durante o dia, mas volta à noite para dormir.

    Simone foi condenada por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas, e a uma pena de 12 anos, sete meses e 20 dias de prisão, além do pagamento de multa de R$ 374 mil.

    José Roberto Salgado foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão e multa de R$ 926 mil pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

    O advogado Leonardo Isaac Yarochewsky, que defende Simone, afirma que a a decisão é só um passo e um direito da sua cliente. ''A pena dela foi muita exagerada. O núcleo publicitário foi mais castigado que o núcleo político''.

    Ele disse que o maior desejo de Simone, quando tiver a autorização para saída temporária, é ver o seu neto que nasceu quando ela já estava presa.

    A defesa da ex-funcionária de Marcos Valério, operador do mensalão, alegou bom comportamento carcerário como requisito para progressão de regime. Ela diz ter cumprido um sexto de sua pena no regime fechado, sem falta disciplinar, e que pagou integralmente a multa que lhe foi imposta. A defesa pediu ainda a concessão de autorização para trabalho externo.

    Alan Marques - 26.nov.13/Folhapress
    Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu), ex-presidente do Banco Rural, no presídio da Papuda
    Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu), ex-presidente do Banco Rural, no presídio da Papuda

    Diante dos argumentos de Simone, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou no parecer ser ''imperioso'' reconhecer que Simone faz jus à progressão de regime prisional almejada.

    Sobre a autorização para trabalho externo, Janot diz que a questão deve ser analisada pelo Juízo da Vara de Execuções Penais.

    Salgado também alegou bom comportamento para pedir a progressão do regime fechado para o semiaberto.

    Lewandowski está encarregado do plantão do STF durante o recesso do Judiciário. O relator do mensalão é Luís Roberto Barroso.

    A advogada do José Roberto Salgado, Maíra Salomi, disse que a "decisão foi acertada, proferida de acordo com os ditames legais e representa um grande alívio para um pessoa que já cumpriu injustamente mais de um ano e meio de pena de reclusão em regime fechado".

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