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    Em recado a Cunha, Temer critica radicalismo e divisões no PMDB

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    31/07/2015 13h44

    Ed Ferreira/Folhapress
    Temer ao lado do correligionário Eduardo Cunha, presidente da Câmara, em evento do PMDB
    Michel Temer ao lado do correligionário Eduardo Cunha, presidente da Câmara, em evento do PMDB

    Em um recado indireto ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente Michel Temer criticou nesta sexta-feira (31) o "radicalismo" na atual "fase delicada" do país.

    Em discurso a dirigentes do partido em São Paulo, o peemedebista ressaltou que divisões internas na legenda não farão a sigla crescer.

    "Não vamos pensar que divisões internas poderão fazer crescer o PMDB. O que nos faz crescer é a unidade", afirmou.

    Segundo ele, a atual crise política e o momento de "descrença na classe política" pede "equilíbrio" do partido que, para o peemedebista, tem sido desde 1988 "o centro da governabilidade no país".

    "Nós estamos passando por uma fase delicada no Brasil e, essa fase, demanda muito equilíbrio. Não podemos radicalizar em nenhum momento", pregou.

    Acuado pela acusação de ter recebido US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados decidiu romper com o governo federal.

    Na volta do recesso parlamentar, no mês que vem, ele ameaça colocar em votação projetos desfavoráveis ao Palácio do Planalto e deve colocar partidos de oposição na presidência de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que podem fragilizar o governo federal.

    O vice-presidente afirmou que não tem "nenhuma preocupação" pela possibilidade da oposição estar à frente das comissões de inquérito.

    "Tenho a absoluta convicção de que a oposição também tem preocupações com o país. Se a oposição estiver presente, como certamente estará pelo critério da proporcionalidade, sei que serão tão responsáveis como os membros da situação", disse.

    O peemedebista voltou a defender que o Brasil precisa de " equilíbrio" e "moderação" e afirmou acreditar que o governo federal conseguirá unidade na base aliada da Câmara dos Deputados na volta do recesso parlamentar.

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