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    Radialista é morto enquanto apresentava programa no Ceará

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    06/08/2015 20h13

    Reprodução/Facebook/Gleydson Carvalho O Amigão
    O radialista Gleydson Carvalho, conhecido como Amigão, que foi assassinado nesta quinta (6)
    O radialista Gleydson Carvalho, conhecido como Amigão, que foi assassinado nesta quinta (6)

    O radialista Gleydson Carvalho foi assassinado no início da tarde desta quinta-feira (6) enquanto apresentava ao vivo seu programa em uma rádio no município de Camocim, a 270 km de Fortaleza.

    Segundo a Polícia Civil do Ceará, os autores dos disparos chegaram à sede da emissora Liberdade FM em uma moto e entraram no prédio após fingirem estar interessados em fazer um anúncio.

    A recepcionista foi rendida e os bandidos foram até o estúdio, onde Gleydson apresentava o programa Liberdade em Revista.

    O radialista foi atingido por três tiros na cabeça. Foi socorrido, mas acabou morrendo no hospital.

    O delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Andrade Júnior, designou uma equipe de policiais e agentes do Departamento de Inteligência para investigar o caso.

    Delegado responsável pelas investigações, Hebert Silva afirma que o radialista foi alvo de um atentado, descartando a hipótese de assalto.

    "Os bandidos chegaram a anunciar assalto, mas não levaram nada. Acreditamos que foi só para intimidar a recepcionista", afirma o delegado.

    A polícia ouviu testemunhas na tarde desta quinta, mas informa que ainda não há elementos para afirmar qual foi a motivação do crime.

    Chamado de "Amigão", Gleydson era conhecido por denunciar irregularidades cometidas por políticos da região em seu programa.

    Em nota, o presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Pimentel Slaviero, afirmou que há um aumento de crimes contra jornalistas.

    "A Abert considera extremamente preocupante o aumento dos atos de violência que buscam impedir a livre e necessária atuação da imprensa e apela às autoridades do Ceará para que apurem, com rigor, mais este crime, que não pode ficar impune", afirmou.

    Este foi o segundo caso de radialista assassinado no Ceará num período de pouco mais de um ano.

    Em março de 2014, o radialista Patrício Oliveira, 39, foi morto no município de Brejo Santo (501 km da capital) ao sair da sede da rádio Sul Cearense, onde atuava como repórter policial.

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