O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a CUT São Paulo preparam um ato em defesa da democracia no domingo (16), mesmo dia em que movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff farão manifestações pelo país para pedir a saída da presidente.
De acordo com o sindicato, o ato será realizado em frente ao Instituto Lula, no Ipiranga (zona sul de São Paulo), a partir das 13h. Movimentos sociais também estão sendo convidados a participar.
Um protesto contra a intolerância já foi realizado no local na sexta-feira (7), com a participação de sindicalistas, petistas e militantes de movimentos sociais. Eles deram um abraço simbólico no local, alvo de uma bomba caseira na semana passada.
O Instituto Lula é o local em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva costuma despachar quando está em São Paulo.
Com a presença de petistas históricos, como Lula, Rui Falcão –presidente nacional do partido– e o secretário municipal Eduardo Suplicy, o protesto teve distribuição de flores brancas e vermelhas.
"O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo", entoavam os participantes. Também estavam presentes o secretário Alexandre Padilha —terceiro colocado na disputa pelo governo paulista em 2014—, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Os presentes também pediram que os responsáveis pela bomba jogada no local sejam descobertos e punidos.
Nesta terça-feira (11), em Brasília, teve início a 5ª Marcha das Margaridas, movimento em defesa das trabalhadores do campo.
A intenção do comando nacional do PT é transformar o evento em uma tentativa de fazer frente aos protestos contra a presidente, marcados para o dia 16 de agosto.
Em resolução aprovada na semana passada, a Executiva Nacional do partido chegou a orientar a militância petista a participar da marcha para protestar contra o que chamou de uma "ofensiva de direita".
SEMANA QUE VEM
No dia 20 de agosto, uma nova manifestação organizada por entidades ligadas à esquerda está prevista. A marcha em defesa de direitos sociais, liberdade e democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise deverá ocorrer em 10 capitais.
Centrais sindicais e entidades como CUT, CTB, UNE e MST deverão participar.
De acordo com a UNE, a concentração em São Paulo está marcada para o Largo da Batata (região oeste da capital).
"Os nossos sonhos, as nossas lutas, os direitos conquistados não cabem no ajuste fiscal e as nossas pautas também não cabem em passeatas que levantam bandeira de intervenção militar, que levantam suástica, que tem palavras de ordem machistas", disse, em nota, a presidente da UNE, Carina Vitral.