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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília |
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Poder
Wednesday, 08-May-2024 19:58:48 -03Renan quer agilizar recondução de Janot
MARIANA HAUBERT
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA12/08/2015 22h50
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende agilizar a votação da recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Renan disse à Folha que sua intenção, que ainda será avaliada em reunião com líderes, é de apreciar o nome do procurador no plenário da Casa no mesmo dia em que ele for sabatinado e votado na CCJ, o que deve acontecer na semana que vem.
A mensagem da presidente Dilma Rousseff com a recondução de Janot ao cargo foi lida nesta quarta-feira (12) no plenário do Senado e será enviada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Seu relator deverá ser o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
A celeridade no tratamento do caso é vista como uma estratégia do peemedebista para evitar que o acusem de querer manobrar para adiar a recondução do procurador-geral. Renan é um dos nomes sob investigação da Procuradoria-Geral da República por ter supostamente recebido recursos no esquema de corrupção da Petrobras.
O peemedebista chegou a acusar Janot de agir politicamente na definição dos investigados, mas, nas últimas semanas, o senador decidiu diminuir o tom dos ataques públicos como uma forma de sair do foco.
Como a Folha mostrou em julho, Calheiros cogitava fazer uma manobra para inviabilizar, ainda que temporariamente, a permanência de Janot à frente das investigações, segurando a votação da indicação do PGR. Após a repercussão, o peemedebista saiu a público para dizer que daria encaminhamento rápido à questão.
O mandato de Janot acaba em 17 de setembro. Para que reassuma o cargo, o Senado precisa aprovar sua indicação até esta data. Após a sabatina, haverá votação na CCJ. Dos 27 titulares da comissão, oito são investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Caso seu nome seja aprovado pelo colegiado, a indicação também passará pelo crivo do plenário, onde precisará de 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores. A votação, neste caso, é secreta.
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