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    Lava Jato

    Renan quer agilizar recondução de Janot

    MARIANA HAUBERT
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    12/08/2015 22h50

    Pedro Ladeira - 29.jun.15/Folhapress
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em Brasília

    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pretende agilizar a votação da recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    Renan disse à Folha que sua intenção, que ainda será avaliada em reunião com líderes, é de apreciar o nome do procurador no plenário da Casa no mesmo dia em que ele for sabatinado e votado na CCJ, o que deve acontecer na semana que vem.

    A mensagem da presidente Dilma Rousseff com a recondução de Janot ao cargo foi lida nesta quarta-feira (12) no plenário do Senado e será enviada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Seu relator deverá ser o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

    A celeridade no tratamento do caso é vista como uma estratégia do peemedebista para evitar que o acusem de querer manobrar para adiar a recondução do procurador-geral. Renan é um dos nomes sob investigação da Procuradoria-Geral da República por ter supostamente recebido recursos no esquema de corrupção da Petrobras.

    O peemedebista chegou a acusar Janot de agir politicamente na definição dos investigados, mas, nas últimas semanas, o senador decidiu diminuir o tom dos ataques públicos como uma forma de sair do foco.

    Como a Folha mostrou em julho, Calheiros cogitava fazer uma manobra para inviabilizar, ainda que temporariamente, a permanência de Janot à frente das investigações, segurando a votação da indicação do PGR. Após a repercussão, o peemedebista saiu a público para dizer que daria encaminhamento rápido à questão.

    O mandato de Janot acaba em 17 de setembro. Para que reassuma o cargo, o Senado precisa aprovar sua indicação até esta data. Após a sabatina, haverá votação na CCJ. Dos 27 titulares da comissão, oito são investigados por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras.

    Caso seu nome seja aprovado pelo colegiado, a indicação também passará pelo crivo do plenário, onde precisará de 41 votos favoráveis dentre os 81 senadores. A votação, neste caso, é secreta.

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