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    Lava Jato

    PF quer ouvir a chefe de gabinete de Cunha

    ANDRÉIA SADI
    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    13/08/2015 02h00

    A Polícia Federal quer ouvir a chefe de gabinete do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na investigação da Operação Lava Jato que apura a sua relação com dois requerimentos de informação que teriam sido usados para achacar empresas fornecedoras da Petrobras.

    Segundo a Folha apurou, o depoimento de Denise Santos está marcado para o dia 24 de agosto. A Polícia Federal já enviou um ofício à Câmara intimando a chefe de gabinete. Procurada pela reportagem, a presidência da Câmara disse que não comentaria o assunto.

    A suposta ligação de Cunha com esses papéis é um dos principais elementos apontados pela Procuradoria-Geral da República para incluir o peemedebista entre os políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato na estatal.

    Os requerimentos foram apresentados na Câmara em 2011 pela então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), correligionária de Cunha. Hoje prefeita de Rio Bonito, a ex-deputada já foi ouvida pela PF em abril. Ela disse que não se lembrava qual a motivação para assinar os dois requerimentos. Eles pediam às autoridades informações sobre contratos da Petrobras com a Mitsui.

    Cunha negou participação na formulação dos requerimentos e disse que suspeitava de fraude no setor de informática, pois haveria discrepância entre a data do protocolo dos requerimentos e as datas registradas nos arquivos de computador.

    Em maio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou "despropositada" a versão do presidente da Câmara dos Deputados em documento encaminhado por ele ao ministro do STF Teori Zavascki, em resposta a um recurso em que os advogados de Cunha pediam o trancamento do inquérito.

    DENÚNCIA

    A Procuradoria-Geral deve apresentar até o final do mês denúncias contra políticos investigados na Operação Lava Jato. Além de Cunha, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) deve estar na primeira leva de denunciados.

    Também são investigados por envolvimento no esquema da Petrobras o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e Edson Lobão (PMDB-MA).

    Colaborou RUBENS VALENTE

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