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    o impeachment

    Em Juazeiro, Dilma diz que Brasil vai voltar a crescer e que crise é passageira

    DE SALVADOR

    14/08/2015 13h31

    Roberto Stuckert Filho/PR
    A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de residências em Juazeiro, na Bahia
    A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de residências em Juazeiro, na Bahia

    A presidente Dilma Rousseff participou nesta sexta-feira (14) de mais uma cerimônia do programa Minha Casa Minha Vida. Em Juazeiro, na Bahia, ela entregou 1.480 unidades habitacionais.

    No discurso, Dilma fez apenas uma breve referência à crise pela qual passa o governo, classificando-a como passageira.

    "Estamos numa travessia e nós vamos fazer dar certo. Podem ter certeza: o país vai voltar a crescer e vamos reduzir a inflação", afirmou durante o evento no qual se deixou fotografar usando um chapéu de vaqueiro.

    A petista afirmou que o pedido do prefeito da cidade, Isaac Carvalho, de interligar o rio Tocantins ao rio São Francisco com o objetivo de amenizar a seca no Nordeste não era "trivial" e exigiria "bilhões e bilhões" para ser realizado. Ela afirmou que a região passa por uma das piores secas dos últimos anos e lembrou a construção de um milhão de cisternas durante as gestões petistas.

    Ao prefeito de Juazeiro Dilma pediu que plantasse árvores e construísse creches para as crianças no conjunto residencial inaugurado.

    Em Juazeiro, manifestantes contrários a presidente Dilma foram barrados pela Polícia Militar da Bahia ao tentarem entrar no galpão onde a presidente discursaria.

    Servidores federais do INSS e da da Univasf (Universidade Federal do vale do São Francisco) estavam entre os barrados, assim como manifestantes com adesivos com a mensagem "16 de agosto, eu vou".

    Os manifestantes tentaram entrar com faixas e cartazes, mas foram impedidos. Na confusão, um grupo de beneficiários do Minha Casa, Minha Vida acabou sendo barrado.

    A Presidência da Republica e a Polícia Militar da Bahia, foram procurados, mas ainda não se manifestaram sobre o assunto.

    SALVADOR

    Dilma segue para Salvador, para "pregar para convertidos" na segunda edição do programa Dialoga Brasil, lançado há duas semanas em Brasília.

    Em meio a uma grave crise política e econômica e às vésperas de protestos que vão pedir o impeachment da presidente nas principais capitais do país, Dilma vai discursar para uma plateia de 300 líderes de entidades civis organizadas alinhadas ao PT.

    Num evento que servirá para discutir políticas culturais, estão confirmadas as presenças de líderes de centrais sindicais como a CUT (Central única dos Trabalhadores) e entidades como o MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

    Devem completar a plateia entidades dos movimentos negro e de mulheres, além de membros de conselhos governamentais voltados para discussão de políticas para cultura e da juventude.

    A ideia, segundo aliados, é reforçar o apoio da base social do PT à presidente para enfrentar a agenda do impeachment.

    Os convidados do Dialoga Brasil foram selecionados pela Presidência, com o apoio da Secretaria de Relações Institucionais do governo Rui Costa (PT).

    "É uma turma com quem dialogamos e que conquistou espaços importantes no nosso governo. Mas são organismos da sociedade, não são ligados ao partido", afirma o secretário de Relações Institucionais da Bahia, Josias Gomes.

    Segundo ele, a presença da presidente em Salvador "é fundamental para mostrar que o governo que ela lidera tem muito a falar e fazer pela sociedade".

    SEM OBRAS

    Antes do evento do Dialoga Brasil, a presidente terá uma reunião fechada com empresários na capital baiana.

    A agenda presidencial, contudo, frustrou a equipe do governador Rui Costa (PT) que esperava que a presidente assinasse ordem de serviço para construção de um VLT no subúrbio da capital baiana.

    O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que em maio articulou o apoio de deputados de seu partido à aprovação do ajuste fiscal, também esperava que a visita da presidente selasse a liberação de recursos para iniciar um sistema de corredores de ônibus.

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