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    o impeachment

    Em encontro de 5 horas, Lula e Dilma traçam nova estratégia diante da crise

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    15/08/2015 08h06

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a presidente Dilma Rousseff neste sábado (15) por quase cinco horas para definir as próximas iniciativas do PT e do governo para superar a crise.

    O encontro começou por volta das 9h e se estendeu até pouco depois do almoço. Por volta das 15h, o ex-presidente deixou Brasília com destino a São Paulo.

    Para combater a baixíssima popularidade do governo –apenas 8% aprovam a gestão de Dilma, segundo a última pesquisa Datafolha–, o ex-presidente pediu que a petista mantenha a agenda de viagens pelo país, principalmente para o Nordeste, reduto histórico de votos do PT, onde Dilma tem perdido apoio.

    Alan Marques - 12.ago.15/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 12.08.2015. às 16H30. A presidente Dilma Rousseff participa de cerimônia da 5 Marcha das Margaridas, no gramado do estádio Mané Garincha.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    A presidente Dilma Rousseff participa da Marcha das Margaridas, em Brasília

    Nos últimos dias, a presidente fez um périplo de inaugurações e eventos com movimentos sociais, e passou por Roraima, Maranhão e Bahia. O giro pelo país é pouco comum em sua agenda oficial mas é estimulado por Lula, que defende que Dilma "saia do gabinete para não se tornar mais um elemento da crise".

    O ex-presidente, que também vai viajar pelo Brasil para recuperar a sua imagem e a do PT, abaladas com as investigações da Operação Lava Jato, esteve duas vezes em Brasília esta semana, onde participou da abertura da Marcha das Margaridas e de um evento sobre educação promovido pelo PT.

    Na avaliação de Lula, Dilma precisa se aproximar mais dos movimentos sociais e intensificar o diálogo com o Congresso para evitar o agravamento da crise. Ele reconhece que o afastamento do PT de suas bases foi um dos grandes erros dos governos petistas, acentuado agora, na gestão da sucessora.

    SENADO

    O ex-presidente foi um dos principais entusiastas da aproximação entre o Planalto e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nesta semana, o peemedebista apresentou um pacote de reformas para retomar o crescimento econômico que foi celebrado por Dilma como "a agenda positiva para o Brasil".

    O governo avalia que o ambiente político melhorou após a aliança com o Senado mas, segundo a Folha apurou, Lula acredita que é hora de fazer novos movimentos.

    A relação entre o ex-presidente e Dilma estava abalada nos últimos meses. Os dois tinham abandonado inclusive o hábito de conversar por telefone a cada dez ou quinze dias depois que Lula criticou publicamente a gestão da sucessora, chamando-a de "governo de mudos".

    Nas últimas semanas, porém, ambos têm ensaiado uma reaproximação.

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