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    o impeachment

    Protestos foram menores, mas expressivos, diz líder do PT no Senado

    MARIANA HAUBERT
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    16/08/2015 18h29

    Líderes do PT no Congresso avaliam que a mudança de foco das manifestações deste domingo (16), que foram da reivindicação por mais direitos e o combate à corrupção ao "Fora Dilma", reduziram a participação popular em relação aos protestos realizados em março e abril deste ano.

    Líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), acredita que "as pessoas sabem que Dilma foi eleita democraticamente e tem o respaldo do voto popular" e, por isso, veem que "não há motivo" para tirá-la da Presidência da República.

    "Muitas coisas essa semana enfraqueceram as manifestações, como o acordo do Senado com o governo. O povo brasileiro tem consciência, tem acesso à informação, não entra no embalo de alguns. Se a passeata ganha caráter só de impeachment, as pessoas acham que não há motivo para isso", disse.

    Para o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE), a população já percebeu que não há base legal e constitucional para o impeachment neste momento. "As pessoas estão cansadas. Viram, com o tempo, que não tem base legal e constitucional e entendem que o governo tem ainda um certo tempo de se recuperar", disse.

    Embora afirme que não há base para o impeachment, Costa considera que, mesmo menores, as manifestações continuam sendo expressivas. "O fato de serem menores não significa que a insatisfação com o governo diminuiu. Muitas coisas estão começando a ser revertidas mas ainda é preciso que governo apresente soluções melhores para a economia", disse.

    compare os números dos protestos

    Para o petista, o governo começou a ter uma nova oportunidade depois da apresentação da agenda do Senado com propostas anti-crise e com a aproximação de Dilma a movimentos sociais.

    "Ainda que tenham tido menos participação, os movimentos de hoje foram de todo jeito expressivos", disse.

    Já o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), considerou que a semana que se passou foi "decisiva" para o governo e ajudou a frear a participação nos protestos. "A semana do governo foi decisiva para uma participação menor. O posicionamento de muitos empresários contra o impeachment, até mesmo a posição da Rede Globo, movimentos pró-Dilma (Marcha das Margaridas etc.) e as redes sociais ajudaram bastante nesta última semana", disse.

    "O PSDB ficou sozinho para conduzir as manifestações mas o partido não tem força para isso. Nós queremos agora que o governo apresente uma pauta pós-ajuste. Temos que olhar para a frente e ver o que teremos para 2016", completou.

    Protestos no Brasil

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