• Poder

    Wednesday, 08-May-2024 15:42:25 -03

    o impeachment

    Com apoio de Renan, Dilma indica Marcelo Navarro para o STJ

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    17/08/2015 16h20

    Com apoio do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente Dilma Rousseff indicou nesta segunda-feira (17) o desembargador federal Marcelo Navarro para ministro do STJ.

    Ele vai ocupar a vaga do ministro Ari Pargendler, que se aposenta este ano, mas ainda precisa ter o nome aprovado pelo Senado.

    Navarro ficou em segundo lugar na lista tríplice, com 20 votos. Tido como certo para a vaga de Pargendler, o preferido dos ministros do STJ era Joel Ilan Paciornik, com 21 votos. Em terceiro lugar ficou o desembargador Fernando Quadros.

    Dilma preferiu, porém, a indicação que contava com o respaldo de Falcão e Renan. Único nordestino da lista, Navarro era apoiado também por todos os governadores do nordeste.

    Na semana passada, o governo fechou um acordo com o presidente do Senado, abraçando um pacote proposto por ele com diversas reformas –algumas polêmicas– que, segundo o peemedebista, visam a recuperar o crescimento econômico e a superação da crise que acomete o país.

    De acordo com aliados da presidente, é "comum" indicar o segundo ou até mesmo o terceiro da lista tríplice para os tribunais superiores. A indicação necessária do primeiro colocado acontece para o Ministério Público ou para a Procuradoria-Geral da República, como foi o caso de Rodrigo Janot, reconduzido ao cargo de procurador-geral pela presidente na semana passada, após ter ficado em primeiro lugar na votação.

    Natural de Natal (RN), Marcelo Navarro é desembargador do TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5a Região), que atende os estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Pernambuco.

    Em nota, Renan negou ter atuado pela indicação de Navarro para o tribunal. Ele defendeu ainda uma mudança no modelo de nomeação para cargos no Judiciário.

    "Reitero que o modelo político baseado em nomeações está exaurido, devendo ser substituído por discussões programáticas, como fizemos na última semana com a Agenda Brasil. Desta forma, sendo independente e não interferindo em indicações desta natureza, o Senado Federal mantém sua autonomia para criticar, melhorar, rejeitar e propor caminhos para a Nação sem nenhuma relação de subordinação com o Executivo", disse.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024