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    o impeachment

    FHC age como um líder de torcida, diz líder petista

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    17/08/2015 19h30

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 03.03.2015. às 16iH. O senador Humberto Costa participa de sessão do Senado Federal. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O senador Humberto Costa em sessão do Senado Federal

    O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou nesta segunda-feira (17) a declaração do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em que sugere a renúncia da presidente Dilma Rousseff, como um "grave equívoco", "demonstração de ressentimento e inveja" e que revela uma "pequenez política" por parte do tucano, que age como "líder de torcida".

    "É um grave equívoco. Se um governo que está mal avaliado e enfrentando uma crise econômica tivesse que renunciar, Fernando Henrique também o deveria ter feito quando foi presidente. Ele também enfrentou uma grave crise econômica, pior do que a enfrentada agora e também haviam muitas denúncias de corrupção envolvendo as privatizações", disse o petista.

    No seu mais duro recado à presidente Dilma e ao PT, FHC afirmou que o mais significativo das demonstrações deste domingo (16) é a persistência do sentimento popular de que o governo, "embora legal, é ilegítimo". O tucano vai além e diz que Dilma precisa ter "um gesto de grandeza" e cita a renúncia como um dos caminho disponíveis à petista.

    "Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo", prevê o tucano. Ele diz que falta ao atual governo a "base moral, que foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo".

    "A fala dele revela uma pequenez política porque um ex-presidente deveria estar contribuindo para melhorar o país. Ele deveria mostrar uma postura de estadista mas está parecendo mais um chefe de torcida", disse.

    Para o petista, as manifestações mostraram que a tese do impeachment perdeu força porque as pessoas perceberam que não fundamentos legais, ainda, para a condução de um processo do tipo. "Já que não pode ter o impeachment, eles querem agora aumentar a pressão pela renúncia. É lamentável", disse.

    O senador minimizou o fato de o foco das manifestações ter se concentrado em Dilma e no ex-presidente Lula. Para ele, a carga deve aumentar ainda mais em relação ao ex-presidente nas próximas manifestações porque "Dilma não é mais candidata".

    Para o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), o tucano deveria, como ex-presidente do país, ter "um pouco mais de juízo" e não deveria se envolver em "disputas políticas menores".

    "O passado e o legado do ex-presidente o condenam. Ele entregou o país quebrado ao PT e agora tem exigido dos outros aquilo que não fez como presidente", criticou.

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