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    o impeachment

    Em jantar com deputados, Dilma cita 'bom exemplo' do Senado

    MARINA DIAS
    RANIER BRAGON
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    17/08/2015 23h25

    No jantar que que ofereceu a deputados do bloco do governo na noite desta segunda-feira (17), no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff renovou os apelos em prol do ajuste fiscal e citou o "bom exemplo" do Senado como modelo a ser seguido.

    Dona de reprovação popular recorde, Dilma recebeu um fôlego político nos últimos dias do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que começou a negociar com o governo um pacote de projetos contra a crise econômica.

    A Câmara é comandada pelo adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por aplicar as maiores derrotas legislativas a ela neste ano.

    Alan Marques - 12.ago.2015/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 12.08.2015. às 11H. A presidente Dilma Rousseff participa de cerimônia de formatura da turma Paulo Kol (2013/15) do curso de formação do Instituto Rio Branco. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia do Instituto Rio Branco

    De acordo com relato de deputados presentes ao encontro –foram ao Alvorada vice-líderes das bancadas governistas–, Dilma está consciente de que precisa de estabilidade política para enfrentar a crise econômica.

    Segundo eles, a petista disse que, se pudesse, falaria com "deputado a deputado" para explicar a real situação do país e a necessidade de que não sejam aprovados projetos que representem ameaça aos cofres públicos.

    E teria feito uma previsão: a de que há crises que duram horas, as que duram meses e as que duram anos. E essa "certamente não durará horas", teria dito a presidente.

    Ainda segundo os deputados, ela explicou que vetou o reajuste dos servidores do Judiciário porque o país não suporta gastos extras como esse. E frisou que fará o que for preciso para manter a estabilidade das contas públicas.

    Segundo o vice-líder do bloco governista José Rocha (PR-BA), Dilma acredita que a situação no Senado está "mais ou menos equacionada", mas que na Câmara ainda precisa ser resolvida. Mais uma vez, ela se colocou à disposição dos parlamentares para conversas.

    "O que me chamou mais a atenção foi a disposição da presidente de viabilizar a estabilidade política para enfrentar a crise econômica", afirmou Orlando Silva (PC do B-SP).

    "Foi um encontro para discutir a pauta do país, a responsabilidade pública, e para dizer que a 'pauta-bomba' é ruim para o Brasil", reforçou Silvio Costa (PSC-PE).

    COBRANÇAS

    No jantar, todos os deputados presentes puderam falar. Com isso, houve cobranças de "questões de varejo", conforme descreveram alguns convidados.

    Entre elas novas reclamações sobre os ministros do governo que não receberiam os parlamentares da base. Questões de cargos não disponibilizados e emendas não liberadas aos aliados também foram colocadas na mesa, junto com o filé, salmão e fetuchine servidos no encontro.

    Desde o agravamento da crise política, Dilma tem promovido jantares frequentes com integrantes da Câmara e do Senado na tentativa de recompor a sua base no Congresso.

    Ainda de acordo com convidados do jantar desta segunda, Dilma demonstrou ter encarado as manifestações de domingo com serenidade e com consciência do peso desses atos.

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