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    o impeachment

    Movimentos criticam política econômica do governo

    DE SÃO PAULO

    21/08/2015 02h00

    Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress
    Manifestantes criticam medidas econômicas de Joaquim Levy e Renan Calheiros no Rio
    Manifestantes criticam medidas econômicas de Joaquim Levy e Renan Calheiros no Rio

    As manifestações convocadas para esta quinta-feira (20) por movimentos sociais que se opõem ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) viraram também palco para ataques à política econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao ajuste fiscal.

    A Agenda Brasil, pacote de medidas apresentado pelo PMDB do Senado como solução para a crise econômica e que foi abraçado pelo governo federal, também foi alvo dos manifestantes que, no entanto, defenderam a permanência de Dilma.

    CUT (Central Única dos Trabalhadores), UNE (União Nacional dos Estudantes) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estiveram à frente das manifestações e cobraram uma "guinada à esquerda" da presidente.

    Em várias cidades os manifestantes pediam, ao mesmo tempo, a saída do ministro da Fazenda e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    "Fora já, fora daqui, Eduardo Cunha, leva o Levy", era um dos gritos de ordem, além de faixas com a frase "Abaixo o plano Renan-Levy".

    Assista

    Durante discurso em São Paulo, o líder do MST João Paulo Rodrigues pediu "pelo amor de Deus" para Dilma mudar a atual política econômica. O deputado do PC do B e ex-ministro Orlando Silva também criticou a atual política econômica.

    Para a coordenação da CUT em Mato Grosso, a manifestação desta quinta foi também para exigir a mudança da atual politica econômica.

    "Quem quer tirar a Dilma é golpista. Agora, não queremos essa política que prejudica o trabalhador. A saída é à esquerda e foi com essa bandeira que a presidente se elegeu", disse João Dourado, presidente da entidade.

    No Recife, onde a manifestação reuniu 7.000 pessoas segundo os organizadores, Levy também foi o alvo. No carro de som, militantes se revezavam para pedir a Dilma não "deixar os direitos trabalhistas retrocederem".

    Estudantes de Florianópolis, que participaram de uma passeata pelo centro da cidade, ironizaram os protestos de domingo contra Dilma, mas não pouparam o seu ministro: "Levy, mãos de tesoura, corta dos ricos e não da pátria educadora".

    PETISTAS

    Presente à manifestação em Fortaleza, o deputado federal José Guimarães (PT) admitiu que havia mais faixas no local cobrando mudanças na política econômica e mais programas sociais do que em apoio ao PT e a Dilma.

    "Movimento social é assim. Uns apoiam a Dilma, outros querem democracia, outros querem trabalho. Aqui tem muita diversidade, e esse é o verdadeiro Brasil", disse.

    O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que participou da manifestação no largo da Batata, em São Paulo, também minimizou as críticas ao governo Dilma.

    "É a maior manifestação que já tivemos porque reúne todas as capitais, outras cidades, movimentações em defesa da democracia contra o golpe e também para movimentos sociais representarem suas mobilizações por mudanças", afirmou.

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