As unidades da Advocacia-Geral da União (AGU) no Estado do Rio tiveram os telefones cortados nesta semana por falta de pagamento.
Há informações também de atrasos nos pagamentos de fornecedores e risco de despejo por atraso no aluguel.
Os telefones foram cortados na noite de terça-feira (18), segundo servidores da AGU no Rio.
Nesta sexta-feira (21), o pagamento foi feito e o serviço, restabelecido.
Segundo a Folha apurou, os problemas financeiros vêm sendo sentidos desde o ano passado e se agravaram com o corte de 30% no orçamento estabelecido pelo governo federal neste ano.
Os membros da AGU denunciam a falta de combustível, de materiais de escritório, como tinta para impressora e blocos, de copos plásticos e até de papel higiênico.
"Várias unidades nossas não têm combustível para as viaturas irem às audiências. Há a ameaça de despejo por falta de pagamento de aluguel em alguns prédios, telefone cortado e condições insalubres com ratos, baratas, morcegos", disse, em nota, o presidente da Unafe (União dos Advogados Públicos Federais do Brasil).
Segundo a entidade, algumas unidades no Rio já sofrem ações de despejo, como a Procuradoria Regional Federal em Duque de Caxias, na baixada fluminense. Os aluguéis estão atrasados há mais de quatro meses.
A Unafe diz que o problema atinge também unidades no Mato Grosso do Sul, no Espírito Santo e na Bahia.
Em nota, o presidente da entidade diz que a AGU precisa ser blindada contra "aparelhamento e captura".
Procurada, a AGU não comentou o assunto até o momento.