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    o impeachment

    Temer avisa a Dilma que sairá da negociação de cargos e emendas

    ANDRÉIA SADI
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    24/08/2015 12h17

    Pedro Ladeira - 19.ago.2015/Folhapress
    A presidente Dilma Rousseff e Michel Temer, que não vai mais negociar cargos e emendas parlamentares
    A presidente Dilma e o vice Michel Temer, que não vai mais negociar cargos e emendas parlamentares

    O vice-presidente Michel Temer comunicou à presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (24) que não cuidará mais da política no varejo. O vice quer cuidar apenas da ''macropolítica'', sem responsabilidade por cargos e emendas.

    O ministro Eliseu Padilha avisou também que sairá da articulação política em setembro e voltará a se dedicar exclusivamente à Aviação Civil.

    O anúncio foi feito na reunião de coordenação política.

    Em seguida, Dilma e Temer tiveram uma reunião reservada com Mercadante e Padilha. Eles discutiram detalhes sobre a reformulação da articulação política, mas ainda não há uma definição do redesenho do posto.

    A cúpula do PMDB pressiona para que o vice deixe a função. Entre as reclamações estão acordos não cumpridos pelo governo de distribuição de cargos e emendas para partidos aliados em troca de apoio no Congresso.

    Temer havia comunicado a interlocutores na sexta-feira (21) que queria deixar o cargo. A presidente não fez um telefonema ao vice, mesmo diante do noticiário de que ele abandonaria a coordenação política.

    Irritado com o tratamento do Palácio do Planalto, ele quer devolver a articulação política. Dilma, no entanto, tenta demover Temer da ideia por mais um período.

    MINISTÉRIOS

    Mais cedo, a presidente reuniu a coordenação política do governo, uma reunião ampliada com ministros do governo. No encontro foi decidido o anúncio de redução de pelo menos dez ministérios.

    Segundo anunciou o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) nesta segunda-feira (24), o corte faz parte de uma reforma administrativa que envolve ainda a redução de cargos comissionados e secretarias para melhorar a "gestão pública".

    Atualmente, o número de cargos comissionados é de cerca de 22 mil pessoas.

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