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    Mesmo com 'esquema antiprotesto', Cunha é alvo de manifestação em SP

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    24/08/2015 15h50

    Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress
    Manifestantes exibem faixa com protesto contra Eduardo Cunha na Assembleia Legislativa de São Paulo
    Manifestantes exibem faixa com protesto contra Eduardo Cunha na Assembleia Legislativa de SP

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo de um protesto na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) nesta segunda-feira (24), mesmo com rigoroso esquema de segurança para impedir manifestações do tipo por parte da Casa.

    Na última ocasião em que esteve na Alesp, em março, Cunha foi vaiado por dezenas de manifestantes instalados nas galerias do plenário, que acabaram retirados à força por policiais militares.

    Desta vez, um esquema de segurança foi montado para evitar manifestações como as de março. Tanto na entrada principal da Alesp como na secundária, PMs verificavam cada um dos que entravam na Casa, com o intuito de filtrar possíveis protestos contra o parlamentar.

    Em reunião de trabalho sobre a PEC 47 (Proposta de Emenda à Constituição), que pretende aumentar a autonomia das assembleias estaduais em relação a temas sobre os quais podem legislar, Cunha foi o segundo a discursar, após o presidente da Alesp, o deputado estadual Fernando Capez (PSDB).

    Antes de o presidente da Câmara chegar ao púlpito, quatro manifestantes do NADP (Núcleo de Ação pela Democracia Popular), infiltrados na área de imprensa do plenário, desfraldaram uma bandeira vermelha com os dizeres "Fora, Cunha" e gritaram: "Ô Cunha, pode esperar, a sua hora vai chegar".

    DEPENDÊNCIA

    Em sua fala, o deputado não comentou a manifestação. Antes mesmo de Capez requisitar à PM que os manifestantes fossem retirados, os quatro saíram correndo. Cunha não ficou incomodado e falou apenas sobre a PEC em questão.

    "Estados e municípios são muito dependentes de repasses federais", disse. Em seguida, ele defendeu a aprovação da proposta de emenda. "A conta dos serviços públicos está com Estados e municípios, e o grosso da arrecadação está com a União", completou.

    Em seguida, Cunha voltou à mesa e sentou-se entre Capez e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator da proposta no Senado. Atendeu o celular e, com a mão esquerda escondendo os lábios, riu por alguns segundos, antes de desligar.

    Durante a fala de Anastasia —também a favor da medida—, Cunha conversava com outro senador tucano, Aloysio Nunes Ferreira (SP).

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