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    o impeachment

    Oposição adia 'indefinidamente' reunião sobre impeachment de Dilma

    DÉBORA ÁLVARES
    RANIER BRAGON
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    25/08/2015 17h37

    Sem consenso sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a oposição recuou e decidiu aguardar a evolução do cenário político para alinhar um discurso. A reunião agendada para esta terça-feira (25) foi adiada indefinidamente à espera do "momento adequado".

    "Para respaldo ainda maior, é necessária a integração desses movimentos de rua que geraram novo e importante movimento, respaldado por juristas de renome, que podem dizer da substância jurídica desse pedido de impeachment. Envolve aspectos jurídicos e políticos. Temos que aguardar o momento adequado", avaliou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

    A ideia era reunir PSDB, DEM, PPS e SD para unificar o tom do discurso contra Dilma. Juristas também participariam para embasar os argumentos jurídicos pela saída da petista da Presidência.

    Apesar do rompimento público do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo e do agravamento da crise política, a avaliação da oposição é que ainda não conseguiram o apoio necessário para aprovar um pedido de impeachment.

    "Estamos em busca do PMDB. Mas ainda estamos na fase de um puxa o PMDB de um lado, o outro puxa do outro. Melhor aguardar", destacou um líder oposicionista.

    Embora tenham adiado a reunião, já há uma estratégia esboçada há algumas semanas, em que Cunha, a quem cabe monocraticamente a decisão, rejeitaria dar prosseguimento a um pedido de impeachment.

    A iniciativa abriria espaço para um recurso da decisão ao plenário, onde são necessários votos de pelo menos 257 dos 513 deputados. Isso daria um caráter coletivo à ação e livraria o peemedebista de um desgaste político isolado.

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