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    Em depoimento ao STF, Maluf nega desvios em obra de sua gestão em SP

    MÁRCIO FALCÃO
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    26/08/2015 21h46

    O deputado Paulo Maluf (PP-SP) prestou depoimento nesta quarta-feira (26) ao STF (Supremo Tribunal Federal) em uma ação penal na qual responde pelo crime de lavagem de dinheiro por suposto desvio de recursos de obras públicas durante sua gestão na prefeitura de São Paulo.

    Segundo a Folha apurou, a audiência durou pouco mais de meia hora e Maluf teria negado participação e conhecimento de irregularidades durante sua passagem pela prefeitura.

    Procurada, a defesa do deputado não quis se manifestar porque o caso corre em em segredo de justiça. Os advogados chegaram a pedir o adiamento do depoimento, mas o STF negou.

    No Congresso, Maluf evitou confirmar à Folha se havia prestado depoimento à Suprema Corte, disse que não tinha informações sobre o assunto e afirmou que a reportagem estava "mal informada".

    "Não estou a par", disse. "Se houve depoimento, vá à Suprema Corte e pegue as informações", disse.

    A ação está sob relatoria do ministro Luiz Edson Fachin. Segundo a denúncia do Ministério Público, os desvios envolveriam a obra de construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho, realizada quando o deputado era prefeito de São Paulo (1992-1996).

    De acordo com o MP, o dinheiro desviado teria sido entregue a um doleiro que fez remessas para uma conta de um banco em Nova York, nos Estados Unidos. Na sequência, os recursos teriam sido enviados para contas em paraísos fiscais.

    De acordo com o Ministério Público, o custo total da obra foi "absurdo" e teria gerado um prejuízo de quase US$ 1 bilhão aos cofres públicos.

    Depois, a verba teria sido utilizada para a compra de ações de empresa da família Maluf no Brasil. O MPF avalia que até 2000 os fundos supostamente abastecidos pela família Maluf teriam movimentado mais de US$ 172 milhões.

    Maluf é alvo de outras duas ações penais no STF, sendo que uma delas é por crimes de corrupção passiva e a outra também por crimes contra o sistema financeiro.

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