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    Lava Jato

    Ex-deputado do PP preso na Lava Jato decide fazer delação premiada

    FLÁVIO FERREIRA
    DE SÃO PAULO
    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    27/08/2015 13h40

    Alan Marques - 1º.fev.2006/Folhapress
    ORG XMIT: 442901_1.tif CONSELHO DE ETICA Brasilia DF fevereiro 01: Deputado Pedro Correa durante sessao do Conselho de Etica da Camara que julga o seu envolvimento com o "Mensalao". em 01. 02. 06 em Brasilia DF. As 11h00 politica. Foto: Alan Marques / Folhapress
    O ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) durante sessão do Conselho de Ética da Câmara, em 2006

    O ex-deputado federal e ex-presidente do PP (Partido Progressista) Pedro Corrêa, preso pela Operação Lava Jato, decidiu negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para colaborar com as investigações e obter redução de pena.

    Se o objetivo de Corrêa for alcançado, ele será o primeiro político investigado por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras a se tornar delator.

    Corrêa disse a pessoas próximas que está disposto a revelar uma extensa lista de crimes, que pode envolver dezenas de políticos e levar a Operação Lava Jato a novos ministérios e estatais.

    Corrêa também promete oferecer aos procuradores da Lava Jato detalhes sobre as indicações políticas para cargos em órgãos do governo federal e a distribuição da propina do esquema a congressistas.

    Condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por seu envolvimento com o mensalão em 2012, o ex-deputado tem dito que também poderia fazer revelações sobre o esquema, que distribuiu dinheiro a parlamentares em troca de apoio ao governo no Congresso no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

    Nesta quarta-feira (26), Corrêa prestou depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato e disse que seus familiares não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados no caso.

    Segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delatores da Lava Jato, Corrêa recebia pagamentos mensais do esquema e era um dos líderes do PP que decidiam como distribuir os recursos destinados ao partido.

    Segundo Costa, ele recebeu R$ 5,3 milhões só na campanha eleitoral de 2010. Sua filha, a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP), também recebia pagamentos mensais do esquema, de acordo com Youssef.

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