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    o impeachment

    Skaf critica política econômica de Levy e sugere saída de ministro

    TATIANA FREITAS
    DE SÃO PAULO

    27/08/2015 18h42

    O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, atacou a política econômica conduzida pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) e sugeriu a sua saída do governo ao comentar a proposta de volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

    "Em vez de reduzir impostos para estimular a recuperação da economia, ele (Levy) está fazendo o oposto. Ele está aumentando juros, reduzindo o crédito e aumentando impostos. Com isso, não vai haver fim do ajuste fiscal. Ele vai derrubar a economia de tal forma que a arrecadação vai continuar caindo e você sempre vai precisar de outro ajuste", disse Skaf, que é filiado ao PMDB, à Folha.

    "Se o ministro da Fazenda não tiver a competência para encontrar caminhos para resolver a questão econômica brasileira a não ser o caminho do aumento de impostos, é melhor ele arrumar a mala dele e ir fazer outra coisa. Ele vai prejudicar muito o Brasil."

    O representante das indústrias paulistas disse que o ministro deve buscar reduzir as despesas do governo e não aumentar a receita por meio de aumento de impostos. "Ou o ministro Levy muda a política econômica ou a presidente Dilma que mude o ministro Levy. Da maneira que ele está cuidando dos assuntos econômicos vai levar o Brasil a um caos", afirmou.

    Skaf chamou o ministro da Fazenda de "insensível" diante do aumento do desemprego no país. "A economia brasileira está afundando, o desemprego está aumentando e o ministro da Fazenda só fala em aumento de impostos e não toma as providências que deveriam ser tomadas. Se ele não consegue enxergar alternativas para o ajuste fiscal, a vontade de toda a população é de que volte para casa."

    Para Skaf, a proposta de volta da CPMF é "balão de ensaio" e, se avançar, enfrentará forte resistência. "A sociedade não vai aceitar nem a CPMF nem qualquer imposto que o governo queira impor além dos que as pessoas já pagam por um péssimo serviço público. Se o governo encaminhar pedido de retorno de CPMF ou qualquer novo imposto, haverá uma reação muito forte, começando pela Fiesp."

    Skaf, que na noite desta quinta recebe Michel Temer (PMDB) em um jantar na Fiesp, disse que levará a preocupação com a economia brasileira e com o aumento de impostos ao vice-presidente.

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