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    Dilma e Lula devem se encontrar nesta 5ª para falar sobre economia e Levy

    MARINA DIAS
    NATUZA NERY
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    03/09/2015 16h59

    Nelson Almeida - 20.out.2014/AFP
    A presidente Dilma Rousseff com seu antecessor,Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha de 2014
    A presidente Dilma Rousseff com seu antecessor,Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha de 2014

    Após se reunir com sua equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff deve se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (3) em Brasília para discutir o cenário econômico do país e a permanência do ministro Joaquim Levy (Fazenda) no governo.

    Segundo a Folha apurou, a previsão é que o encontro ocorra no início da noite.

    O ministro da Fazenda tem reclamado de falta de respaldo interno do governo e disse à presidente que se sente isolado. Desde então, tanto no governo como no mercado cresceram os rumores de que ele poderia deixar o cargo.

    Nesta quinta, Levy adiou uma viagem à Turquia para se reunir com a presidente e com os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), com quem tem tido seguidos embates, e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

    O objetivo da reunião é dar unidade interna em torno do chefe da equipe econômica para evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio.

    Dilma orientou sua equipe mais próxima a deixar claro que seu governo vai perseguir a meta de superavit de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, como tem ecoado Levy. Nesta segunda (31), porém, o Planalto enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão de deficit primário de 0,5% do PIB.

    DEMISSÃO

    O ministro da Fazenda afirmou, em em entrevista ao "El País", que não tem intenção de deixar o cargo, informou a Reuters. A íntegra da entrevista será publicada no jornal espanhol no próximo domingo. Duas autoridades do governo disseram à agência Reuters mais cedo que Levy não tem planos de renunciar e que o encontro com a presidente foi convocado para discutir o Orçamento.

    Segundo a Folha apurou, nesta quarta (2), ao conversar por telefone com Dilma e com o vice-presidente Michel Temer, Levy não falou em pedir demissão, mas deixou claro que, sem apoio do Planalto, sua permanência à frente da Fazenda corria risco.

    Um aliado do ministro afirmou que as conversas foram um "desabafo" de alguém que tinha uma estratégia para reequilibrar as contas públicas e sente que está perdendo as batalhas internas -uma após a outra. Para o auxiliar, o ministro estava em busca de "carinho", porque seria alvo de "intrigas" que não contam, segundo essa versão, com respaldo da presidente.

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