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    o impeachment

    Romero Jucá diz que Temer fez análise 'que todo mundo faz' sobre governo

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    04/09/2015 18h06

    Pedro Ladeira - 17.mar.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 17-03-2015, 20h00: O senador Romero Jucá, relator do orçamento da União, durante sessão do Congresso Nacional durante sua votação, em Brasília (DF). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O senador por Roraima e vice-presidente do PMDB, Romero Jucá, durante sessão no Congresso

    Vice-presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), afirmou nesta sexta-feira (4) que o vice-presidente Michel Temer fez uma avaliação verdadeira e que já é feita por todos sobre a continuidade do governo da presidente Dilma Rousseff. Nesta quinta (3), Temer disse que a petista não tem condições de chegar ao fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade.

    "O presidente Michel respondeu a uma pergunta e falou a verdade. Ele fez um diagnóstico e esse diagnóstico que ele fez é que todo economista está fazendo. É o que todos os setores responsáveis estão fazendo", afirmou Jucá.

    Para o peemedebista, ao enfrentar uma crise política e não conseguir dar uma expectativa de tempo para que a economia recupere seu crescimento, o governo acaba por se enfraquecer ao ponto de, eventualmente, não conseguir resistir com tão baixa popularidade.

    Temer se reuniu com empresários de São Paulo nesta quinta (3) e afirmou que Dilma não "é de renunciar", mas asseverou que "é preciso melhorar o que está aí". O evento foi organizado por Rosangela Lyra, uma das integrantes do movimento "Acorda Brasil", que defende o impeachment da petista.

    Na avaliação de Jucá, a fala de Temer não significa que o vice "entregou os pontos". "Ele não entregou os pontos. Ele fez uma constatação, um diagnóstico que todo mundo faz. A situação é grave, o governo tem baixíssima popularidade. Mais do que isso, o governo não tem uma base política sólida, por erros do próprio governo, e isso impacta a questão política mas impacta a questão econômica também", disse.

    "O PMDB quer ajudar o país. O PMDB está marcando posição. O PMDB tem ajudado o governo. Aprovamos aqui os ajustes fiscais que o governo pediu apesar de, desde o início, eu e outras pessoas termos dito que só o ajuste não resolve o problema do país. Queremos ajudar a mudar essa realidade", completou.

    Em caráter reservado, peemedebistas afirmam que o vice-presidente está cansado dos erros do governo mas que não avalia deixá-lo. Para eles, a cúpula do Planalto precisa encontrar, rapidamente, um rumo para seguir, tanto na área política quanto na econômica, caso contrário, a presidente não resistirá por mais três anos de fato.

    Para o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), Temer tem a "obrigação de ser sincero perante a sociedade mesmo que defenda o governo". "Na medida em que Temer fala o que falou, ele está dando guarida sim à credibilidade [do governo] que ele quer ver recuperada", disse.

    Já para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), Temer "disse o óbvio". "Não é possível Temer ficar numa posição cômoda, uma hora dizer que é preciso alguém para reunificar e outra falar o que o Brasil já sabe. É igual ao médico não tratar e só dizer ao paciente com dor que se continuar assim ele vai morrer. É preciso fazer algo além do jogo de cena", disse.

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