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    Lava Jato

    Petrobras quer saber se seus fornecedores são parentes de políticos

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    09/09/2015 19h13

    A Petrobras quer saber se dirigentes de seus fornecedores têm parentesco com "políticos, agentes públicos ou empregados da estatal".

    A pergunta faz parte de questionário enviado às empresas que hoje estão impedidas de participar de novas licitações por envolvimento em contratos investigados pela Operação Lava Jato, como parte de um programa que pode acelerar o retorno de empreiteiras ao cadastro de fornecedores da estatal.

    Batizado de Due Dilligence de Integridade, o programa foi anunciado pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, no final de julho, com a justificativa de que pode reduzir os riscos de fraude.

    A companhia não informou, porém, se a existência de parentesco entre os dirigentes e políticos e empregados é fator determinante na avaliação das empresas.

    A lista negra da Petrobras tem hoje 24 fornecedores investigados por suspeita de corrupção para obtenção de contratos.

    Este ano, foram retirados da lista o grupo Setal, que fez acordo de leniência com o Ministério Público Federal, e a TKK Engenharia, pelo arquivamento de processo na Controladoria Geral da União.

    No questionário, há perguntas também sobre a existência de código de ética, guia de conduta, e programas de controle interno.

    "A aplicação do questionário de Due Diligence é requerida não somente às empresas relacionadas à operação Lava-Jato, mas também a toda nova empresa que se cadastre com a companhia ou que venha fazer a renovação anual do seu cadastro", disse a empresa, em nota oficial.

    As empresas que não estão incluídas na lista negra deverão responder ao questionário quando renovarem seus cadastros com a estatal.

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