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    o impeachment

    É melhor fazer alguma coisa que nada, diz Renan sobre cortes do governo

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    14/09/2015 19h27

    Após o anúncio do governo de redução de gastos e de aumento de impostos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que os cortes apresentados são significativos e que o Congresso dará a palavra final sobre se o que está sendo proposto pelo Executivo "é a coisa certa".

    "Esse corte é significativo. É melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada e o Congresso vai dizer se a coisa que está sendo proposta é a coisa certa", disse Renan. O valor da redução de despedas anunciado foi de R$ 26 bilhões.

    Para ele, o anúncio desta segunda (14) mostra que o governo está "recuperando sua capacidade de iniciativa" e que quer "vencer o imobilismo". "O governo, sem dúvida nenhuma, está demonstrando que está querendo vencer o imobilismo. Está recuperando sua capacidade de iniciativa. Isso é muito bom", disse.

    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou no início da noite desta segunda-feira (14) o corte e afirmou ainda ser "pouco provável" que haja consenso no Congresso para a aprovação de um imposto sobre operações financeiras, como a antiga CPMF.

    "O governo está com a base frágil. O tema já é polêmico. Acho temeroso querer condicionar a isso o processo de ajuste", avaliou o peemedebista. "É como se eles jogassem a bola para cá, mas a bola está com eles".

    Além das dificuldades de acordo, Cunha mencionou o fato de a tramitação de uma medida como a CPMF ser longa. Após passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) de uma das Casas, é criada uma comissão especial, respeitado o prazo de pelo menos 40 sessões durante os quais se tenta consenso sobre a matéria.

    Em um tom mais ameno, Renan afirmou que as medidas que dependem da aprovação do Congresso, como a recriação da CPMF, deverão ser analisadas pelos parlamentares e poderão ser "melhoradas".

    "A preliminar era o corte de despesa. Corte de despesa é sempre o primeiro passo para que a gente possa discutir nova receita. O Congresso não pode recusar o debate. O congresso vai debater a proposta. [...] O Congresso tende a melhorar todas as medidas que por aqui tramitam", disse.

    O peemedebista, no entanto, afirmou que o governo não pode ter dúvidas em relação à redução no número de ministérios, medida que foi prometida pelo governo mas que ainda não foi efetivada, e do corte de cargos em comissão. Segundo a equipe econômica, as duas propostas deverão gerar uma economia de R$ 200 milhões para os cofres públicos.

    O pacote econômico foi apresentado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) nesta tarde. Antes do anúncio, o pacote foi submetido a Renan e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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