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    o impeachment

    Lula teme que ajuste não detenha ameaça de impeachment de Dilma

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    15/09/2015 21h35

    Marlene Bergamo - 1º.set.2015/Folhapress
    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento do ''Memorial da Democracia'', desenvolvido pelo Instituto Lula, nesta terça-feira (1), no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo
    Lula durante lançamento do "Memorial da Democracia" no último dia 1º

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicitou a aliados o temor de que o pacote anunciado pelo governo não seja suficiente para deter a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    A aliados Lula elogiou, nesta terça-feira (15), a disposição da presidente de lançar medidas severas em resposta à cobrança da sociedade. Mas, segundo interlocutores, avalia que o ajuste só terá sucesso se acompanhado de medidas para aquecer a economia e uma estratégia de comunicação mais eficiente.

    Na segunda-feira (14), Lula assistiu pela TV ao anúncio do pacote e a toda sua repercussão politica. Depois, disse a aliados que, pela complexidade do pacote e a diversidade de suas medidas, terá que ouvir os setores envolvidos antes de se manifestar. "Não sou comentarista econômico", disse ele, segundo relato de um colaborador.

    Lula adiantou, porém, o temor de que Dilma não tenha capital político para aprovar seu ajuste e que seja tarde demais para conter o desgaste de seu governo.

    Nessas conversas, o ex-presidente justifica a necessidade do ajuste, lembrando que ele mesmo adotou medidas drásticas no início de seu governo. Ao fazer comparação, ele ressalta, no entanto, que desfrutava de prestígio popular no seu primeiro mandato. E que Dilma depende de apoio do Congresso.

    Aliados do ex-presidente contam que ele considerou uma "trapalhada" o governo ter enviado ao Congresso uma proposta orçamentária com estimativa de déficit de R$ 30,5 bilhões para o ano que vem.

    Apesar de sua apreensão, Lula defendeu Dilma na manhã de terça-feira durante reunião com estudantes. Após ouvir críticas à presidente, repetiu o discurso de que o governo tem defeitos, mas é o governo que os representa. Ele pediu apoio a Dilma.

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