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    o impeachment

    Contra ajuste, sindicatos protestam sexta em SP e servidores fazem greve

    BRUNO FÁVERO
    DE SÃO PAULO
    DE BRASÍLIA

    17/09/2015 12h58

    Cerca de 40 movimentos sociais e sindicatos marcaram para esta sexta-feira (18) um protesto na av. Paulista (região central) contra o último pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff.

    Os movimentos, encabeçados pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e pelo Conlutas-SP, criticam medidas de arrocho salarial e defendem que as contas públicas sejam equilibradas por meio da taxação de grandes fortunas.

    A concentração para o ato começará às 15h, no vão livre do Masp e, às 17h, seguirá pela rua da Consolação em direção à praça da República, onde se encerra. Os organizadores esperam que cerca de 20 mil pessoas compareçam. Outras cidades também devem receber protestos, mas a lista completa ainda não foi divulgada.

    SAÍDA DE DILMA

    Diferentemente de outros setores da esquerda, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), os movimentos sociais por trás do ato desta sexta não descartam a saída de Dilma Rousseff, embora tampouco defendam abertamente o impeachment por acreditar que "nada mudaria" com o vice-presidente Michel Temer no poder.

    Eles também se declaram contra Aécio Neves (PSDB-MG), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    Seus líderes dizem não ter participado das manifestações pró-impeachment de 16 de agosto, promovidas "pelos setores mais reacionários da sociedade", nem das contra a saída de Dilma do dia 20 de agosto, "encampadas pelo governo".

    No sábado (19), os movimentos pretendem organizar uma reunião com trabalhadores para decidir uma proposta conjunta de saída da crise.

    GREVE DE SERVIDORES

    Também em resposta ao ajuste fiscal, servidores públicos federais marcaram para a próxima quarta-feira (23) uma greve geral, com protestos em Brasília.

    Eles reclamam, por exemplo, da decisão de adiar a data do reajuste em 2016 de janeiro para agosto, o que deve gerar uma economia de R$ 7 bilhões no próximo ano.

    Também protestam contra o fim do abono permanência (servidores que poderiam se aposentar, mas continuam a trabalhar recebem um abono de 11% do salário), que reduzirá em R$ 1,2 bilhão os gastos federais.

    A decisão foi tomada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. O dia 23 foi escolhido para coincidir com protestos marcado por entidades de sem-terra e sem-teto para o mesmo dia, também contra medidas de ajuste nas contas públicas.

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