O ministro da Defesa, Jaques Wagner, designou o marido da ex-ministra petista Ideli Salvatti (Direitos Humanos) para desempenhar função por dois anos em Washington, cidade onde ela trabalha como assessora de Acesso a Direitos e Equidade da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Segundo decreto publicado em agosto, o segundo-tenente músico do Comando do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, atuará a partir da primeira quinzena de outubro como ajudante em uma subsecretaria de serviços administrativos da Junta Interamericana de Defesa.
Ele receberá no período uma remuneração de US$ 7,4 mil para 32 horas semanais e teve uma ajuda de custo de cerca de US$ 10 mil para a viagem à capital americana.
Segundo o Ministério da Defesa, ele terá como atribuições no cargo protocolar documentos oficiais e elaborar requerimentos funcionais. A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
A ex-ministra dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foi indicada para a organização internacional em junho com o aval do governo federal. Segundo a Folha apurou, por conta da nomeação, o marido da petista pediu ao ministro para ocupar a vaga para acompanhá-la no exterior e acabou sendo atendido.
A designação para cargos em órgãos ligados ao Ministério da Defesa, como a Junta Interamericana de Defesa, é prerrogativa do ministro da pasta. A exceção são os adidos militares, que passam por indicação das Forças Armadas.
Em nota, o Ministério da Defesa informou que o segundo-tenente preencheu os requisitos para ocupar o cargo, como ser militar e possuir conhecimento na área administrativa.
Além disso, ele exerce há dois anos funções administrativas na Subchefia de Logística Operacional do Ministério da Defesa.
A Junta Interamericana de Defesa tem como função prestar à OEA, e aos seus 27 estados membros, serviços de assessoramento técnico e consultivo sobre temas relacionados com assuntos militares e de defesa.
Atualmente, atuam na Junta Interamericana de Defesa 57 militares e civis, sendo 19 militares brasileiros.