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    o impeachment

    Para Eduardo Cunha, governo é 'expert' em criar crises

    DÉBORA ÁLVARES
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    29/09/2015 15h21

    Alan Marques - 30.ago.2015/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 30.08.20125. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, comanda sessão de votação da Casa. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, comanda sessão de votação na Casa

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou de "trapalhada" o adiamento da sanção ao projeto da reforma política pelo governo. "Parece 'expert' em criar crises, ou pelo menos reviver crise".

    Conforme a Folha informou na segunda (28), o ministro Gilberto Kassab (Cidades) pediu a integrantes do governo federal que adiassem a sanção presidencial à reforma política.

    O ex-prefeito de São Paulo é um dos patrocinadores do Partido Liberal, que pretende levar até 28 deputados federais para a nova sigla, o que seria inviabilizado com a sanção da reforma política, que fixa esse prazo em sete meses antes do pleito.

    A nova legenda tem o objetivo de formar um bloco governista para rivalizar com o PMDB, esvaziar a oposição e o movimento pró-impeachment.

    Para Cunha, o governo criou uma "crise desnecessária". "Não vamos esquecer que isso está na raiz da crise política que a gente está vivendo. Partidos artificiais, no intuito de canibalizar a base, tirando dos partidos convencionais uma forma convencional de montar a base política", afirmou Cunha.

    O presidente da Câmara opina ainda que, a articulação do governo mostra que "eles não aprenderam nada com a crise política, continuam errando igualzinho". "Parece que é o filme que já vi. Já sabemos onde vai dar isso".

    Na noite desta segunda (28), numa tentativa de amenizar os ânimos, o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), convidou Cunha e o vice-presidente, Michel Temer, para um jantar em sua casa, sob o pretexto de comemorar antecipadamente o aniversário do presidente da Câmara, que é nesta terça (29).

    Segundo Cunha, pouco se falou sobre a criação do PL durante o encontro. Kassab, que também foi convidado, teria dado algumas explicações sobre sua postura de pedir o adiamento da sanção da reforma política, mas Cunha disse ter evitado polêmica.

    "Não dá pra gente concordar. Foi o PMDB que entrou contra o registro do PL e ele (Kassab) sabe disso. É um erro do governo adiar a sanção por causa disso, mas não sei dizer quem é responsável pela trapalhada", afirmou.

    Também passaram pelo jantar o ministro Afif Domingos (Secretaria de Micro e Pequenas Empresas) e o governador do DF, Rodrigo Rollemberg.

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