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    Câmara barrou pedido de cópia de inquérito de comissão sobre Cunha

    RUBENS VALENTE
    DE BRASÍLIA

    01/10/2015 02h00

    Alan Marques - 29.set.2015/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 29.09.2015. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, dá entrevista sobre a agenda de votaões da Casa. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante entrevista em Brasília

    Um requerimento pelo qual a CPI dos Fundos de Pensão poderia ter acesso a inquérito sigiloso sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aprovado pelo plenário da comissão, mas jamais enviado pela Casa, segundo documentos obtidos pela Folha.

    Cunha é acusado, em inquérito da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de auferir "lucros indevidos" de R$ 900 mil em negócios com fundos de investimentos geridos pela Prece, fundo de pensão dos funcionários da companhia de água e esgoto do Rio. O inquérito, instaurado em 2012, apura prejuízos sofridos pela Prece calculados em R$ 39 milhões entre 2003 e 2006.

    Em agosto, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) pediu que a CPI requisitasse à CVM a "cópia do inteiro teor" do inquérito. O requerimento foi aprovado no último dia 3 pela ampla maioria dos presentes. No ato da aprovação, o presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB), nada falou sobre o alcance da medida.

    Minutos depois, porém, Efraim afirmou que três requerimentos, incluindo o de Delgado, "estão adstritos apenas às empresas que porventura sejam objetos dessa investigação, que estão contidas no requerimento de instalação da CPI", segundo uma "orientação da Secretaria da Mesa".

    O requerimento de Delgado seguiu para a coordenação das CPIs, um órgão da Casa, que então decidiu não expedir nenhuma comunicação à CVM, mencionando "a restrição havida na aprovação".

    Segundo o comando da CPI, o colegiado tem poderes de investigar apenas quatro fundos de pensão: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Postalis (Correios) e Funcef (Caixa).

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