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    Planalto articula para que vetos à pauta-bomba sejam apreciados

    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DÉBORA ALVARES
    DE BRASÍLIA

    06/10/2015 02h00

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 23-09-2015, 17h00: O presidente do senado senador Renan Calheiros (PMDB-AL) fala com a imprensa na tarde de hoje. Ele afirmou que a continuação da votação dos vetos que foi interrompida na madrugada de ontem ainda não tem data pra acontecer. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

    Visando assegurar a manutenção de vetos presidenciais a medidas que elevam os gastos públicos, o Planalto age para enfraquecer dissidentes na base aliada e viabilizar a votação marcada para esta terça (6) no Congresso.

    A pedido da presidente Dilma Rousseff, o núcleo político do governo procurou deputados nesta segunda (5) e reuniu à noite no Palácio do Planalto líderes da base aliada para pedir que compareçam à sessão legislativa.
    Em outra frente, ministros peemedebistas apelaram a deputados para tentar reverter a posição de parte da bancada que ameaça derrubar os vetos e, na semana passada, assinou manifesto contra a cessão de cargos no Planalto.

    O governo aposta no aumento do espaço do PMDB na equipe ministerial para aumentar suas chances de manter os vetos –cujo impacto, caso sejam derrubados, pode chegar a R$ 63 bilhões para os próximos quatro anos.

    O Planalto teme que a votação seja protelada mais uma vez. Isso porque o Tribunal de Contas da União deve julgar nesta quarta (7) as contas do governo.

    Caso a maioria na corte acate a posição do relator Augusto Nardes, que deve pedir a rejeição das contas, o receio é de que o clima no Congresso se torne hostil ao governo.

    Para evitar o adiamento, a presidente antecipou a posse de seus novos ministros e marcou para esta terça (6) a reunião da coordenação política do Palácio do Planalto.

    A mudança dará à petista tempo para bolar uma estratégia e garantir a análise dos vetos. Segundo aliados, ela entrará pessoalmente na articulação, se for preciso.

    Como a Folha revelou no domingo (4), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age para esvaziar a sessão do Congresso por estar insatisfeito com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não viabilizou a análise no Congresso do veto presidencial às doações empresariais a campanhas eleitorais.

    A oposição teme que o Planalto consiga manter os vetos à pauta-bomba.

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