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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) |
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Poder
Tuesday, 07-May-2024 23:41:27 -03Planalto articula para que vetos à pauta-bomba sejam apreciados
GUSTAVO URIBE
MARINA DIAS
DÉBORA ALVARES
DE BRASÍLIA06/10/2015 02h00
Visando assegurar a manutenção de vetos presidenciais a medidas que elevam os gastos públicos, o Planalto age para enfraquecer dissidentes na base aliada e viabilizar a votação marcada para esta terça (6) no Congresso.
A pedido da presidente Dilma Rousseff, o núcleo político do governo procurou deputados nesta segunda (5) e reuniu à noite no Palácio do Planalto líderes da base aliada para pedir que compareçam à sessão legislativa.
Em outra frente, ministros peemedebistas apelaram a deputados para tentar reverter a posição de parte da bancada que ameaça derrubar os vetos e, na semana passada, assinou manifesto contra a cessão de cargos no Planalto.O governo aposta no aumento do espaço do PMDB na equipe ministerial para aumentar suas chances de manter os vetos –cujo impacto, caso sejam derrubados, pode chegar a R$ 63 bilhões para os próximos quatro anos.
O Planalto teme que a votação seja protelada mais uma vez. Isso porque o Tribunal de Contas da União deve julgar nesta quarta (7) as contas do governo.
Caso a maioria na corte acate a posição do relator Augusto Nardes, que deve pedir a rejeição das contas, o receio é de que o clima no Congresso se torne hostil ao governo.
Para evitar o adiamento, a presidente antecipou a posse de seus novos ministros e marcou para esta terça (6) a reunião da coordenação política do Palácio do Planalto.
A mudança dará à petista tempo para bolar uma estratégia e garantir a análise dos vetos. Segundo aliados, ela entrará pessoalmente na articulação, se for preciso.
Como a Folha revelou no domingo (4), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age para esvaziar a sessão do Congresso por estar insatisfeito com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não viabilizou a análise no Congresso do veto presidencial às doações empresariais a campanhas eleitorais.
A oposição teme que o Planalto consiga manter os vetos à pauta-bomba.
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