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    o impeachment

    Com dificuldades na Câmara, Dilma defende construção de consensos

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    06/10/2015 14h13

    Ed Ferreira/Folhapress
    Dilma Rousseff discursa em evento no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal
    Dilma Rousseff discursa em evento no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal

    Com a ameaça da Câmara dos Deputados de derrubar os vetos presidenciais e aprovar medidas que aumentam os gastos públicos, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (6) que as lideranças políticas coloquem os interesses do país acima dos demais.

    Em evento de assinatura de decreto que beneficia micro e pequenas empresas em contratações do governo federal, a petista afirmou que, para o Brasil ser um país de fato democrático, tem de ter a capacidade de articular consensos.

    Nesta terça, o Planalto sofreu sua primeira derrota desde a reforma ministerial e administrativa e não conseguiu assegurar quórum suficiente para colocar em votação os vetos presidenciais. As medidas podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019.

    "Esse país tem de perceber, e suas lideranças têm de perceber, quando os interesses do país devem ser colocados acima de todos os outros interesses", afirmou.

    Para assegurar a manutenção dos vetos presidenciais, o Palácio do Planalto tem atuado para enfraquecer dissidentes na base aliada. Uma nova sessão parlamentar foi marcada para a manhã desta quarta-feira (7).

    O governo federal teme que a votação seja protelada mais uma vez. Isso porque o Tribunal de Contas da União deve julgar também nesta quarta as contas do governo relativas a 2014.

    Caso a maioria na corte acate a posição do relator Augusto Nardes, que deve pedir a rejeição das contas, o receio é de que o clima no Congresso Nacional se torne hostil e o governo federal possa ser derrotado na semana que vem.

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    A assinatura do decreto das micro e pequenas empresas foi promovida no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, e contou com a participação do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Seu partido faz parte da oposição ao governo federal.

    Em discurso, no entanto, o governador também defendeu que as autoridades devem pensar em uma pauta que ajude o país e defendeu as parcerias do governo federal com as gestões estaduais.

    "No momento de crise, é necessário a união de quem tem compromisso com o Brasil", disse.

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