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    Entrada no ministério não está sendo feita por barganha de cargos, diz ministro

    FÁBIO MONTEIRO
    DE BRASÍLIA

    06/10/2015 16h22

    Indicado pela bancada do PDT na Câmara, o novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse nesta terça-feira (6) que a entrada do partido no ministério não está sendo feita por "barganha de cargos".

    Ex-líder do PDT na Câmara, Figueiredo chegou ao cargo após ser indicado pela bancada do partido. "Estamos fazendo, acima de tudo, porque acreditamos que precisamos tirar o Brasil dessa crise política, precisamos ajudar a sair dessa crise econômica, que retroalimenta a crise politica, e o PDT não pode se furtar desse papel", disse o novo ministro, durante a cerimônia de transmissão de cargo.

    No início de agosto, o então deputado anunciou no plenário da Casa o rompimento da legenda com a base aliada, adotando posição de "independência".

    Segundo ele, a posição adotada meses atrás refletia a opinião da bancada. "Sempre tivemos uma visão de que precisaríamos contribuir com o governo da presidente Dilma sem necessariamente ter que concordar com tudo", afirmou Figueiredo.

    O ministro estabeleceu como uma de suas prioridades estudar a questão da migração do sinal de TV analógico para o digital. Ele revelou que existe uma demanda do setor para postergar o prazo final de migração, que termina em 2018, e prometeu diálogo com os agentes envolvidos. A melhoria do setor de telefonia móvel também está no radar de Figueiredo,

    Sobre a escassez de recursos para o sucesso dos programas do governo, como no Programa Nacional de Banda Larga, ele disse acreditar no respeito mutuo da equipe ministerial e que vai lutar por recursos da pasta da mesma forma que os ministros da área econômica vão estar no papel de equilibrar as contas públicas.

    "O que a gente não pode é que investimentos sociais sejam minimizados, a ponto de não termos esses investimentos, para que possamos atingir metas de superavit. Isso nós vamos discutir", afirmou.

    A cerimônia contou também com a presença do ministro Ricardo Berzoini, que deixa a pasta das Comunicações para assumir a nova Secretaria de Governo, órgão que substitui a Secretaria-Geral da Presidência e outros três ministérios (Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Secretaria de Relações Institucionais e Gabinete de Segurança Institucional).

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