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    o impeachment

    Diferentes entre si, ações do PSDB no TSE podem destituir Dilma

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    08/10/2015 02h00

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 07.10.2015.. A presidente Dilma Rousseff, junto com o vice-presidente Michel Temer, o ministro do Turismo, Henrique Alves e o prefieto Eduardo Paes, participa da cerimônia Ano Olímpico para o Turismo. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    A presidente Dilma Rousseff, cuja chapa é alvo de duas ações apresentadas pelo PSDB no TSE

    As ações contra a chapa da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apresentadas pelo PSDB, são instrumentos jurídicos diferentes entre si. As implicações práticas caso os ministros considerem a petista culpada, entretanto, serão as mesmas nas duas.

    Na terça-feira (6), os ministros do TSE decidiram pela reabertura de uma Aime (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) proposta pelo PSDB. Dilma, Temer, PT e PMDB devem apresentar defesa neste caso –ainda não estão definidos o relator do caso e a data de julgamento.

    Há também uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) tramitando no tribunal contra Dilma, e os envolvidos devem apresentar defesa.

    De acordo com as regras do TSE, a Aime deve ser proposta necessariamente após a diplomação do candidato eleito, e em no máximo 15 dias.

    Dilma foi diplomada para o segundo mandato no dia 18 de dezembro do ano passado. O PSDB protocolou o pedido pela abertura da Aime no dia 2 de janeiro, mas a ministra Maria Thereza de Assis Moura decidiu que a ação não deveria prosperar. O partido recorreu, e o colegiado decidiu acolher o processo na noite da terça (6).

    "O acórdão que definiu a reabertura ainda não foi publicado", ressalta Flávio Caetano, coordenador jurídico da campanha de Dilma. A defesa pode recorrer da decisão do TSE, mas o advogado disse que isso ainda não foi definido. "Queremos que as ações sejam julgadas", afirma.

    Diferentemente da Aime, a Aije pode ser proposta somente até a data da diplomação do eleito. O PSDB realizou o pedido no mesmo dia em que Dilma foi diplomada, em 18 de dezembro de 2014.

    O objetivo do PSDB com a Aije é cassar a chapa de Dilma e Temer. Com a Aime, a meta é cassar o diploma e o mandato eletivo. Apesar das diferenças jurídicas, na prática as duas ações podem levar Dilma e Temer a deixarem de ser presidente e vice.

    "Do ponto de vista jurídico, a existência de um mandato eletivo muda a avaliação, porque o ilícito pode ter mudado o resultado [da eleição]", afirma Ricardo Penteado, advogado do PSDB.

    Os tucanos pedem em ambas as ações que, caso o tribunal decida que Dilma e Temer cometeram crimes eleitorais, a chapa dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) assuma. O TSE pode acatar, ou determinar a realização de novas eleições.

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