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    o impeachment

    PSOL vai entrar com pedido de cassação de Cunha na terça

    RANIER BRAGON
    DÉBORA ÁLVARES
    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    08/10/2015 10h59

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 08-10-2015, 12h00: O presidente da câmara dos deputados dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preside sessão plenária na manhã de hoje. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em sessão plenária

    Os deputados do PSOL vão apresentar na próxima terça-feira (13) o pedido de cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa.

    Esse será o primeiro movimento formal contra o mandato do peemedebista desde que vieram à tona informações de contas secretas na Suíça em seu nome e de seus familiares.

    A peça será composta por informações de documentos enviados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao PSOL, em resposta a questionamentos feitos pela sigla sobre as contas.

    Conforme informou a Folha, nesta quinta (8), o banco Julius Baer informou às autoridades suíças que Cunha e seus familiares figuram como beneficiários finais de contas secretas onde estão depositados US$ 2,4 milhões (R$ 9,3 milhões), dinheiro que está bloqueado.

    Cunha negou, em depoimento à CPI da Petrobras, em março, que tivesse contas fora do país. A resposta da PGR, contudo, confirma a existência das contas, embora não trate de valores, nem de titularidades.

    CORREGEDORIA

    Nesta quarta (7), 30 deputados federais de sete partidos políticos protocolaram na Corregedoria da Câmara representação pedindo a abertura de processo de cassação de Cunha.

    Além da identificação pelo Ministério Público da Suíça de contas secretas naquele país, Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob acusação de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

    O próprio grupo de deputados -que representa apenas 5,7% do total de cadeiras da Casa- reconhece que acionar a Corregedoria é apenas um passo inicial, com efeito possivelmente mais simbólico do que prático.

    Isso porque cabe à Corregedoria encaminhar a representação para que a Mesa da Câmara decida o que fazer. A Mesa é presidida por Cunha e composta por seus aliados.

    Assinam a representação na Corregedoria os deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Chico Alencar (PSOL-RJ), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Glauber Braga (PSOL-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Jean Wyllys (PSOL-RJ), Alessandro Molon (Rede-RJ), Eliziane Gama (Rede-MA), Leônidas Cristino (Pros-CE), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Júlio Delgado (PSB-MG), Henrique Fontana (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ), Érika Kokay (PT-DF), Padre João (PT-MG), Assis do Couto (PT-PR), Moema Gramacho (PT-BA), Luiz Couto (PT-PB), Margarida Salomão (PT-MG), Helde Salomão (PT-ES), João Daniel (PT-SE), Paulão (PT-AL), Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), Raimundo Angelim (PT-AC), Maria do Rosário (PT-RS), Marcon (PT-RS) e Leonardo Monteiro (PT-MG), Chico D'Angelo (PT-RJ).

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