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    o impeachment

    Dilma reúne núcleo duro do governo para discutir impeachment

    DE BRASÍLIA

    12/10/2015 16h53

    Pelo terceiro dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff reuniu nesta segunda-feira (12) o núcleo duro do governo federal para discutir cenários sobre a possibilidade de abertura na Câmara dos Deputados de um processo de impeachment contra o seu mandato.

    A petista recebeu no Palácio do Alvorada os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça) e o assessor especial Gilles Azevedo. Os quatro foram escalados pela petista para encontrar saídas para desarmar a estratégia do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    O roteiro traçado pelo peemedebista com os partidos de oposição do governo federal prevê que ele deflagre o processo de impeachment nesta terça-feira (13), quando deve avaliar o pedido de afastamento da petista feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.

    A tendência é que o presidente da Câmara dos Deputados arquive o pedido, levando a oposição a entrar com recurso em plenário —que poderá prosperar se aprovado por 257 deputados.

    Nesse caso, seria criada uma comissão especial para analisar o tema e a petista só é afastada se o processo de impeachment for formalmente aberto, o que ocorre com o voto de pelo menos 342 dos 513 deputados federais.

    A avaliação do Palácio do Planalto é de que, caso o recurso da oposição seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados, será difícil reverter o afastamento da petista.

    Com a ameaça de ser deflagrado o processo, o governo federal articula estratégia para frear a movimentação do presidente da Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto tentará carimbar nele a imagem de que age por motivos pessoais, ou seja, por vingança contra a petista.

    É uma tentativa de enfraquecer sua legitimidade para dar prosseguimento a um pedido de afastamento da presidente.

    Em outra frente, a presidente escalou ministros peemedebistas —como Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação) e Henrique Eduardo Alves (Turismo)- para monitorar o comportamento da bancada do PMDB na Câmara e evitar que deputados federais da sigla reforcem o movimento na Casa Legislativa.

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