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    Ministro do PMDB retira PT de cargos de segundo escalão na Saúde

    GUSTAVO URIBE
    CÁTIA SEABRA
    DE BRASÍLIA

    14/10/2015 14h02

    Pedro Ladeira - 14.mai.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 14-05-2015, 11h00: Comissão especial da Reforma Política durante leitura do relatório do dep. Marcelo Castro (PMDB-PI). O dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ) preside a comissão. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O peemedebista Marcelo Castro (PI), ministro da Saúde

    Com a troca no comando do Ministério da Saúde, que passou a ser chefiado pelo PMDB, o PT teve o seu espaço reduzido nos cargos de segundo escalão da pasta desde o final da semana passada. O encolhimento da sigla foi antecipado pela Folha e atinge nomes ligados ao partido.

    Mesmo antes de assumir o cargo, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, já negociava a substituição de petistas por indicados do PMDB, sobretudo que fizeram parte da administração do ex-peemedebista José Gomes Temporão, que assumiu a pasta no segundo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Nesta quarta-feira (14), o novo ministro exonerou a sanitarista Ana Paula Menezes, ligada ao PT de Pernambuco, da secretaria-executiva. Em seu lugar, nomeou o também sanitarista José Agenor da Silva, indicado pelo PMDB de Minas Gerais.

    Na semana passada, o ministro exonerou também da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), responsável por projetos de acesso à saúde, Lumena Furtado, que foi secretária na gestão petista em Mauá (SP).

    Para o seu lugar, ele convidou o médico Alberto Beltrame, que ocupou o posto na administração do PMDB à frente da pasta. Os dois cargos eram chefiados por nomes de confiança do ex-ministro Arthur Chioro, petista ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    A saída do PT do comando do ministério incomodou líderes petistas, que criticaram a concessão da pasta ao PMDB pelo modelo de "porteira fechada". Pela fórmula, o titular do ministério indica os ocupantes de toda a estrutura. Castro afirma que "esse é um governo de coalizão" e que sua equipe não será "exclusivamente" do PMDB.

    Outro alvo de conflito entre PT e PMDB é o comando da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), vinculada à Agricultura. Os peemedebistas defendem a saída do petista Mário de Lima Morais da presidência, o que preocupa o PT, que considera o posto uma trincheira de resistência ao PSDB no Estado.

    O PT também perderá o comando dos Correios e do Sebrae, que será entregue ao ex-ministro Guilherme Afif Domingos (PSD), e deve deixar a presidência da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), posto estratégico para a sigla no Nordeste.

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