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    Lava Jato

    Oposição volta a ficar dividida em relação a Cunha

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    20/10/2015 02h00

    A troca de rusgas entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a dividir a oposição sobre qual o tom que os adversários da petista devem adotar para tratar das denúncias que assolam o peemedebista há duas semanas.

    Quando Cunha viveu o primeiro revés, com a revelação de detalhes da movimentação das contas na Suíça das quais é beneficiário, a oposição publicou nota única pregando que ele se afastasse da presidência da Câmara para se defender. Isso foi há dez dias.

    De lá para cá, a situação do peemedebista se agravou com a publicação dos documentos que comprovariam que Cunha assinou formulários de criação das contas que ele negava possuir.

    O problema é que, agora, Cunha voltou a se estranhar com o Planalto. O deputado e interlocutores da presidente Dilma vinham ensaiando um armistício, mas as tratativas desabaram após Dilma dizer, no último fim de semana, que lamenta que Cunha seja "um brasileiro" envolvido em suspeita de corrupção.

    Parte da oposição, que dava a batalha pela instauração de um processo de impeachment como perdida, viu no desarranjo entre Cunha e Dilma uma chance de trazer a discussão sobre o afastamento da petista à tona novamente. Essa ala, chefiada por nomes como o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), defende que a oposição seja moderada ao falar de Cunha.

    A tese, no entanto, vai na direção contrária do que prega o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que tem falado publicamente pela renúncia de Cunha ao cargo. Durante toda esta segunda-feira (19), líderes da oposição trocaram telefonemas e fizeram reuniões para tratar do tema.

    O martelo só seria batido nesta terça (20). A expectativa é que não haja consenso sobre o caso, o que pode explicitar a divisão entre as siglas.

    Passos da cassação de Cunha

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