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    o impeachment

    Manifestantes pedem impeachment de Dilma pelo nono dia seguido

    BRUNO FÁVERO
    DE SÃO PAULO

    26/10/2015 19h35

    Movimentos que defendem o impeachment de Dilma Rousseff ocuparam parte da avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (26), para exigir novamente a saída da presidente e aumentaram o tom contra o PMDB, que vinha sendo poupado das críticas.

    Segundo os organizadores, este é o nono dia consecutivo de protestos desses grupos. Como nos atos anteriores, o desta segunda pediu o acolhimento imediato do pedido de impeachment pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e também a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Diferentemente de outras ocasiões, porém, PMDB também foi alvo de críticas: ao menos duas das dezenas de placas dos manifestantes pediam a saída de Cunha e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O vice-presidente Michel Temer também foi contestado –"Temer, presta atenção, o seu partido também tá no Petrolão", gritavam os presentes.

    "Queremos pressionar para evitar um 'acordão' entre o Cunha e o governo", diz a líder do movimento Nas Ruas, Carla Zambelli.

    Mas o alvo principal, claro, foram os petistas. Além da placas, sobraram palavras de ordem –as mais populares eram "O PT roubou" e "Lula cachaceiro, devolve o meu dinheiro"– e miniaturas do Pixuleko, boneco inflável do ex-presidente vestido de presidiário.

    O ato começou no vão livre do Masp, mas, às 19h15, os manifestantes se sentaram na pista da avenida Paulista sentido Paraíso, onde cantaram o hino nacional sobre uma bandeira branca, amarela, verde e azul. De lá começaram caminhada até a sede no PMDB na cidade, perto do Parque Ibirapuera. Segundo Zambelli, a intenção inicial era marchar até a casa de Lulinha, filho de Lula que está sendo investigado pela Polícia Federal, mas os organizadores não conseguiram descobrir seu endereço.

    O ato chegou à sede do PMDB por volta das 20h30. No megafone, Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, criticou a possibilidade de que Dilma e Cunha façam um acordo "para se salvarem" e, antes de dispensar os presentes, convocou-os para novo ato na Paulista nesta terça (27), às 18h.

    Segundo Carla Zambelli, os movimentos formarão a frase "Lula na cadeia" com velas acesas, em referência ao aniversário do ex-presidente, também nesta terça.

    Nem a PM nem os organizadores divulgaram estimativa de público do ato desta segunda –a reportagem contou cerca de 300 manifestantes.

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