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    Lava Jato

    Relator da Lava Jato arquiva denúncia contra senador Antonio Anastasia

    DE BRASÍLIA

    30/10/2015 08h51

    Pedro Ladeira - 10.mar.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 10-03-2015, 15h00: O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) discursa na tribuna do plenário do Senado. Ele se defendeu das acusações que foram feitas pelo procurador geral da república, Rodrigo Janot, ao pedir abertura de inquérito no STF sobre a operação lava jato. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) discursa na tribuna do plenário do Senado

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou o arquivamento do inquérito que investigava se o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) tinha ligação com o esquema de corrupção da Petrobras.

    Relator da Lava Jato, Teori acolheu manifestação da Procuradoria Geral da República, que não apontou elementos necessários para a continuidade das investigações, contrariando entendimento da Polícia Federal.

    O senador comemorou a decisão, dizendo que segue com o trabalho no Senado com a mesma responsabilidade com que sempre conduziu sua vida. "Serenamente, confiei na Justiça. E agora ela acontece. Agradeço o apoio de todos", comentou Anastasia.

    Em agosto, procurador-geral da República, Rodrigo Janot já havia encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, pedido para encerrar as apurações sobre a eventual participação do tucano no esquema de corrupção da Petrobras por falta de provas.

    Na sequência, a Polícia Federal entregou um relatório ao ministro sugerindo o prosseguimento das investigações sobre o senador. A PF argumentou ter recebido novas informações que não eram de conhecimento de Janot quando o chefe do Ministério Público fez seu pedido de arquivamento. A Polícia Federal ressaltou que os dados não são conclusivos, mas que as dúvidas precisam ser esgotadas.

    Janot considerou que os novos dados apresentados pela PF não justificam a prorrogação do inquérito. Os ministros do STF têm adotado como norma confirmar o arquivamento do inquérito quando o pedido é feito pelo procurador-geral.

    Segundo a PF, a principal novidade do caso seria um e-mail, acompanhado de anexos, enviado em janeiro por uma moradora de Minas Gerais ao Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.

    A Presidência, no mesmo mês, reenviou a informação, classificada como "correspondência de cidadã", ao Ministério da Justiça, que a encaminhou à PF para averiguação.

    O e-mail aponta qual seria a casa de Belo Horizonte em que o policial federal Jayme Oliveira Filho, o Careca, homem ligado ao doleiro Alberto Youssef, teria entregue R$ 1 milhão, em 2010.

    Inicialmente, Careca não soube dizer para qual político entregou o dinheiro. Depois, quando a polícia exibiu uma foto de Anastasia, ele disse que a pessoa era "muito parecida" com o senador.

    Youssef não confirmou a informação e, em depoimentos posteriores, Careca permaneceu em silêncio.

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