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    Submarino nuclear deve ficar para 2025

    RICARDO BONALUME NETO
    DE SÃO PAULO

    31/10/2015 02h00

    Edilson Rodrigues - 27.ago.15/Agência Senado
    O almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira
    O almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira

    O programa nuclear da Marinha está em desaceleração pela restrição orçamentária, o que significa que um sonho antigo da força –a construção de um submarino movido por energia nuclear– vai ter que esperar até 2025, segundo o seu comandante, almirante-de-esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira.

    Não é a primeira vez que o projeto é colocado em marcha lenta desde sua criação, em 1979. Mas é um dos principais projetos da Marinha, além de ter sido uma espécie de "menina dos olhos" da administração do ex-presidente Lula na área militar.

    O desenvolvimento do submarino nuclear foi incluído no mais amplo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) durante o governo do petista.

    O acordo com a França prevê a construção de quatro submarinos de propulsão convencional de modelo francês e a ajuda francesa no projeto do submarino nuclear.

    O Prosub inclui também a construção de um complexo em Itaguaí (RJ) que inclui base naval e estaleiros. Segundo o almirante Leal Ferreira, as obras estão em dia.

    O contingenciamento de verbas afetou também outros projetos estratégicos, como a construção de uma robusta força de navios-patrulha para policiar o mar territorial e a zona econômica exclusiva do país no Atlântico Sul.

    Outro projeto afetado foi a produção de novos navios escoltas de superfície. O navio mais novo da esquadra é a corveta Barroso, com sete anos, mas que levou mais que isso para ser construída.

    EXONERAÇÃO

    Questionado sobre as declarações do general Antonio Mourão, então do comando Militar do Sul e agora transferido, o líder da Marinha se limitou a dizer que o Brasil tem instituições políticas sólidas e cabe à Marinha, assim como às outras forças, respeitar a Constituição. Ele evitou falar das críticas que o governo tem recebido, incluindo as hipóteses de impeachment da presidente Dilma.

    O Clube Militar, que reúne militares da reserva, informou que não irá se pronunciar sobre a exoneração. Procurados pela Folha, representantes da entidade disseram que buscarão detalhes do caso antes de emitir comunicado oficial.

    À Folha, o general Mourão disse, nesta sexta (30), que não está dando declarações à imprensa. "Não vamos exacerbar as coisas", afirmou.

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