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    o impeachment

    Salão Verde vira campo de batalha de grupos pró e contra impeachment

    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    04/11/2015 19h25

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 04-11-2015, 15h00: Deputados líderes de partidos da oposição, Carlos Sampaio-SP (líder PSDB), Mendonça Filho-PE (líder do DEM), Arthur Maia-BA (líder do SD), Rubens Bueno-PR (PPS), dentre outros, fazem ato pelo impeachment no salão verde da câmara dos deputados. Eles penduraram e assinaram um banner com espaço para assinaturas de deputados favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    Deputados de oposição assinam painel pró-impeachment de Dilma

    O Salão Verde da Câmara foi palco de uma série de confusões na tarde desta quarta-feira (4). A agitação começou quando deputados de oposição fizeram mais um movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e inauguraram um painel com a intenção de deixá-lo no local para que pudesse ser assinado por todos os parlamentares que apoiam a causa.

    Manifestantes que defendem o afastamento da presidente e estão acampados no Salão Verde desde quarta-feira passada (28), alguns acorrentados a uma das pilastras, aplaudiram os deputados da oposição e entoaram gritos de "fora, Dilma".

    Ao passar pelo local, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) reclamou do painel, dizendo que norma interna da Casa impede sua instalação no lcoal. A deputada teria então sido alvo dos manifestantes.

    Neste momento, começou a confusão. Integrantes do grupo pró-impeachment começaram a gritar palavras de ordem contra o PT. Jonas Tolocka, funcionário da liderança do PT, saiu em defesa da deputada e foi hostilizado.

    Os manifestantes alegaram que ele tentou arrancar o painel. Houve empurra-empurra, xingamentos e bate-boca. O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), apareceu e deu voz de prisão para Jonas Tolocka. A Polícia Legislativa também tentou conter a confusão.

    Avisado do ocorrido, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mandou retirar o banner. O funcionário do PT foi encaminhado à delegacia da Câmara para esclarecer o ocorrido.

    PRESSÃO

    A intenção da oposição com o banner era que, devido à visibilidade, parlamentares se sentissem pressionados a assiná-lo. Durante a coletiva de imprensa que anunciava a iniciativa, 22 dos 513 deputados assinaram o mural.

    Em setembro, a oposição lançou um abaixo-assinado na internet para coletar assinaturas pelo impeachment. A Folha constatou à época que a petição é suscetível a fraudes, sendo possível assiná-la várias vezes, usando nomes ou informações de terceiros ou usando nomes fictícios.

    CÉDULAS NA CARA

    Minutos depois da briga em torno do painel pró-impeachment, mais um ato agitou o Salão Verde.

    O presidente da Câmara, alvo de denúncias de corrupção, concedida entrevista no local quando um manifestante jogou cédulas no rosto dele.

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