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    o impeachment

    Após PSDB criticar modelo, TSE defende sistema eletrônico de votação

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    05/11/2015 10h32

    Caio Guatelli - 28.out.06/Folhapress
    Sao Paulo - SP Outubro 28: Urna eletronica exposta no Tribunal Regional Eleitoral de Sao Paulo, no centro da cidade. (Foto: CAIO GUATELLI/Folha Imagem) BRASIL
    Urna eletrônica exposta no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo

    Um dia após o PSDB divulgar o resultado de uma auditoria sobre as eleições de 2014, ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) saíram em defesa nesta quinta-feira (5) do sistema eletrônico de votação.

    Com um discurso unificado, os ministros disseram que os boatos de manipulação das urnas eletrônicas, lançados após o resultado que confirmou a reeleição da presidente Dilma Rousseff, não passaram de "lenda urbana" e sustentaram que nada é feito às escuras pela Justiça Eleitoral.

    O PSDB apontou que o sistema atual é impossível de ser auditado e fez uma série de recomendações de mudanças à Justiça Eleitoral, como a implantação do voto impresso.

    Os tucanos afirmam no relatório que o sistema é "vulnerável" e possibilita a ocorrência de fraudes. Concluem, porém, que não tiveram elementos de verificar se houve ou não uma fraude, porque a auditoria teria sofrido restrições e limitações.

    A fala mais enfática foi puxada pelo ministro Herman Benjamin, que classificou de "retrocesso" a ideia de impressão dos votos e cobrou a atuação dos partidos políticos.

    "Penso que é papel desse tribunal defender a modernidade e lisura do processo eleitoral brasileiro. Qualquer proposta que venha retroceder deve receber uma resposta muito dura das instituições. Causa profunda dificuldade uma proposta que sugere impressão de votos. No mundo inteiro o processo brasileiro é festejado, é exemplo. Mesmo um país com dificuldades econômicas, políticas, institucionais, é um exemplo de que é possível avançar", disse.

    "O apelo que fiz foi aos partidos que são eles que têm o dever de zelar pela própria instituição da Justiça Eleitoral. A força desse tribunal, a credibilidade da Justiça Eleitoral depende da transparência e dos mecanismos de respostas. A justiça está de parabéns e portas abertas, escancaradas e não há cofres aqui e nem escurinho do cinema", completou.

    Presidente do TSE, Dias Toffoli destacou que a Justiça Eleitoral está aberta para receber sugestões para o aperfeiçoamento do sistema, mas reforçou a credibilidade do atual modelo. Ele criticou ainda o fato de nenhum partido ter participado, em 2014, da audiência pública que discutiu o sistema antes do pleito.

    "Há pontos [na auditoria] de críticas, vulnerabilidade, mas foi positivo. Foram escolhidos os técnicos mais críticos à urna eletrônica e de tal sorte essa conclusão é de que não houve nenhum fato concreto que possa colocar em dúvida o resultado das eleições", disse. Toffoli.

    Segundo o presidente do TSE, as "suspeitas [de fraudes] que circularam pela internet [após as eleições], o relatório apresentado pelo partido que todos eles verificados que não correspondiam a verdade, eram lendas urbanas".

    Para a ministra Luciana Lóssio, a auditoria mostra que a "Justiça Eleitoral não tem nada a esconder e é um tribunal abertos para tosos que queiram entender mais esse sistema".

    O ministro Gilmar Mendes defendeu que a própria Justiça Eleitoral amplie os mecanismos de controle das urnas eletrônicas, numa medida para "evitar a boataria".

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