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    o impeachment

    Em jantar com senadores, Levy sofre 'massacre' e reitera pedido por CPMF

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    11/11/2015 13h35

    Ueslei Marcelino/Reuters
    Brazil's Finance Minister Joaquim Levy, participates in the inauguration ceremony of the new adviser for National Council of the Public Ministry Valter Shuenquener, at the National Council of the Public Ministry in Brasilia, Brazil, November 10, 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino ORG XMIT: BSB02
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy

    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enfrentou um "massacre" na noite desta terça-feira (10) ao participar de um jantar com senadores tanto da base aliada quanto da oposição ao tentar defender, mais uma vez, a aprovação da segunda etapa do ajuste fiscal, com medidas como a recriação da CPMF.

    O ministro foi convidado para tratar de propostas que pudessem alavancar a economia brasileira sem prejudicar os contribuintes, mas acabou sendo o alvo central das críticas.

    De acordo com colegas, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) chegou a dizer que gosta do ministro como pessoa mas "detesta sua política econômica". Outros senadores também fizeram críticas à estratégia do governo de propor aumento de impostos e não apresentar outras medidas que contraponham o desgaste de se defender matérias como a recriação de um tributo nos moldes da antiga CPMF.

    O ministro, no entanto, reiterou que o governo precisa ter receita para estimular a volta do crescimento da economia e afirmou que a CPMF é a melhor solução porque é um tributo mais diluído. Se for aprovado, o novo imposto pode gerar até R$ 32 bilhões de receita para os cofres públicos.

    Diante das dificuldades em convencer o Congresso a aprovar o tributo ainda neste ano, o governo já trabalha com a previsão de que ele será aprovado apenas no meio do ano que vem.

    O encontro foi realizado na casa do líder do PMDB, senador Eunício Oliveira (CE), e contou com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com presentes, Levy até instou senadores do PT a se manifestar mas eles pouco falaram, assim como Renan e outros caciques do seu partido.

    O ministro também evitou comentar especulações de que ele poderia ser substituído no cargo pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ele foi questionado sobre isso diretamente por alguns senadores mas desconversou.

    "Ele ficou ouvindo duas horas de massacre e no final defendeu o ajuste fiscal. Os senadores disseram a ele que a CPMF não passa porque só aumento de imposto não adianta, são necessárias medidas estruturantes", contou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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