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    Lava Jato

    Procuradoria pede ao STF abertura de 3º processo contra Collor na Lava Jato

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    11/11/2015 22h10 Erramos: o texto foi alterado

    Pedro Ladeira - 26.ago.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 26-08-2015, 10h00: O Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot participa de sabatina na CCJ do Senado Federal. A sabatina visa confirmar o nome de Janot na recondução ao comando da PGR após indicação pela presidente Dilma. O senador Jose Maranhão (PMDB-PB) preside a sessão e o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é o relator da indicação. O senador Fernando Collor (PTB-AL), investigado na operação lava jato, fez duras acusações ao PGR durante sua interpelação à Janot. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O senador Fernando Collor (PTB-AL), durante sabatina de Rodrigo Janot

    A Procuradoria Geral da República enviou nesta quarta-feira (11) ao STF (Supremo Tribunal Federal) um terceiro pedido de abertura de inquérito contra o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

    Não há detalhes da nova linha de investigação solicitada pelo Ministério Público Federal, isso porque o pedido chegou ao STF sob segredo de justiça. Ele será investigado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

    O pedido de abertura de inquérito foi assinado pelo subprocurador-geral da República Eugênio Aragão. O caso é mais um desdobramento da investigação da suposta ligação de Collor com a Lava Jato iniciada em março pelo STF.

    Collor nega envolvimento com o esquema de corrupção e sustenta que é alvo de perseguição do Ministério Público.

    O senador já foi denunciado ao STF por crimes nos desvios da Petrobras como corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O caso está com o relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki.

    As investigações, segundo a Procuradoria, revelam que o grupo do parlamentar alagoano teria recebido R$ 26 milhões, entre 2010 e 2014.

    Os valores da propina, segundo os investigadores, eram referentes a contratos firmados entre empresas privadas e a BR Distribuidora, subsidiária da estatal em que parte da diretoria fora indicada pelo ex-presidente.

    A denúncia inclui ainda o ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, dois funcionários de seu gabinete e um assessor da TV Gazeta de Alagoas, que tem o ex-presidente como sócio. Caberá agora aos ministros do Supremo decidir se acolhem ou não a denúncia. Caso seja aceita, eles se tornarão réus em uma ação penal.

    Conforme a Folha apurou, as investigações apontam que o senador teria cometido mais de 300 práticas criminosas e, agora, pesam sobre ele as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

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